Trilhando as Trilhas | Episódio II: Star Wars: Séries Animadas | Parte 3 | Rebels: Retrocesso e Evolução
Trilhando as Trilhas
Episódio II:
Star Wars: Séries Animadas
REBELS
Bem-vindes de volta, eu sei o que está pensando... Mas já, tão cedo? Pois é, é a maratona pré-Kenobi. Falamos sobre as 6 temporadas de Clone Wars no episódio anterior, e agora é hora de falar sobre as 4 temporadas de Rebels, a série que foi o primeiro produto Disney Star Wars lançado, com apenas um ano para desenvolver essa primeira temporada (episódios de Clone Wars tinham em média dois anos de desenvolvimento), a produção dessa série foi invadida por piratas, retirados do próprio barco e enfiados em um barco furado com a missão de fazer ele chegar ao outro lado do mar em um bom estado.
Se a equipe conseguiu esse feito na primeira temporada é... no mínimo discutível, pular do arco do Yoda da 6ª de Clone Wars (que até então era a finale da série) para Ezra e Zeb perseguindo uma fruta é um choque bem forte, mas como já falei, não dá muito pra julgar a produção nesses primeiros episódios, e mesmo com todas essas desgraças os roteiros continuaram fortes na maior parte do tempo, e elementos que seriam usados por toda a série foram introduzidos, fazendo com que nenhum episódio possa ser pulado, todos são significantes de algum momento.
"Mas Gabriel, seu trabalho não é falar da trilha homem? Para de dar uma de crítico!" E concordo plenamente, mas pra falar da trilha da 1ª temporada é preciso esclarecer a situação crítica que toda a equipa se encontrava e também para comparar com as futuras temporadas. Então vamos lá, nas duas primeiras temporadas vou fazer a mesma coisa que fiz com as temporadas de Clone Wars, usando faixas do álbum oficial e incluindo outras não-oficiais que me chamam atenção.
Com a mudança de época, por algum motivo Kiner e companhia mudaram completamente de abordagem. Se Clone Wars se propôs a ser um som diferente de tudo em Star Wars, Rebels é o exato oposto, emular Williams e usar nota por nota diversas peças da trilogia original. Episódio passado eu fiz questão de falar o quão o som da orquestra falsa (MIDI) era bom de se ouvir, principalmente em comparação com o futuro... Bem estamos no futuro.
Eu não sei explicar, mas tenho uma teoria: já que Clone Wars não menciona tanto Williams, boa parte da música é original, então o formato MIDI é só como conhecemos a música, mas como Rebels usa tanto Williams e sua música, que sabemos como deve soar com a grande Orquestra Filarmônica de Londres... o som parece extremamente artificial, e em nenhuma outra faixa isso é tão perceptível quanto a primeira do álbum:
O que é aquela primeira parte... Ora, é o motif dos Rebeldes na trilogia original no arranjo do final dos créditos em Uma Nova Esperança, seguido pelo primeiro de três novos temas nessa primeira temporada, o da equipe Fantasma, e soa bem, é divertida e dinâmica, combina perfeitamente e como descobriremos mas a frente, maleável, mas quando o tema da Força começa a brotar aquele som errado também retorna... enfim, o resto da trilha não é tão ruim, o álbum dá créditos a orquestra de Budapeste, e algumas faixas definitivamente foram gravadas com essa orquestra.
Ezra Meets the Team já nos apresenta ao novo tema do grupo em ação sutilmente, uma batida constante, similar a The Tusken Camp and the Homestead de Ataque dos Clones, domina boa parte da faixa, as três notas crescentes e decrescentes ouvidas quando Ben Kenobi se apresenta a Luke em uma Nova Esperança são usadas tanto aqui quanto em Ezra Sneaks Aboard, de Matthew St. Laurent
Kallus não é uma tentativa a um tema para o vilão, e sim um breve rearranjo do tema do grupo em um modo sombrio. Ezra's Theme é, bem... o tema para Ezra, mas não é a melhor demonstração de seu tema, com diversos arranjos das músicas de Williams misturados, inclusive as três notas crescentes e decrescentes, o tema da Força e... o da Princesa Leia, por algum motivo e de novo em What's the Force, de David Glen Russell, que é basicamente um rearanjo de Home for the Twins de Vingança dos Sith.
A versatilidade do tema da equipe é evidente em Storm the Ship, It's a Trap, Alliance, All for Fruit e 22 Pickup, a última de Matthew St. Laurent, tanto para arranjos, quanto para entrar em contato com temas de Williams, o que não falta nessas faixas, sejam breves ou citações completas. The Inquisitor, Enter the Inquisitor e Imperial Inquisition, ambas as últimas de David Russell, desenvolvem o terceiro novo tema da temporada, o do Inquisidor, familiar com o criado para Maul em Clone Wars, mas o coro nesse aqui claramente tem uma melodia definida, que seria uma pena se não fosse usado (ou pelo menos mencionado) em Kenobi.
David continua com as surpresas em Glory for the Empire, ninguém esperava um arranjo festivo da Marcha Imperial, incluindo a música in-universe, o que Solo alguns anos depois também iria fazer. Quando o assunto começa a entrar na Força, a música também tende a ficar mais séria, em Kanan and Ezra Find the Hidden Temple, também de David, isso acontece muito bem, é uma faixa de suspense com o tema de Ezra em vários pontos. Yoda's Guidance, de Matthew, traz de volta o tema de Yoda de forma similar ao fim da 6ª temporada de Clone Wars.
Lando reaparece em Rebels e Lando's Palace também, pela primeira vez desde Império Contra-Ataca em Lando and the Rebels, de Matthew. Kanan at the Gate, é uma faixa que me diverte, começa com a marcha imperial, mas no meio do caminho toma um rumo muito familiar ao tema de Legends of Tomorrow, que me faz pensar na equipe lutando contra o Império o que não me surpreenderia. Inquisitor Duel, pega influência de Anakin vs. Obi-Wan e Clash of Lightsabers e um pouco de Zam Wessel and the Chase Through Coruscant parece ser uma das faixas gravadas com a orquestra de Budapeste.
Pra não ser injusto e simplesmente fazer dessa a review mais seca e rápida que já escrevi, TIE Fighter Pursuit, Team Steals Walker... todas tem charme, e são arranjos no mínimo interessantes das faixas de Williams, mas a trilha da primeira temporada brilha mais quando está ao menos tentando ser original, Sabine's Chase é um exemplo.
Então a música da 1ª temporada definitivamente não foi o meu forte, felizmente, com a evolução de Rebels como série, a trilha também foi evoluindo, talvez isso tenha ou não haver com os filhos de Kiner entrando para equipe no meio da temporada.
Uma das coisas que me faz desgostar da trilha da 1ª temporada é a falta de senso das menções de Williams na trilha (ainda não entendi o tema da Princesa em Ezra's Theme), mas na 2ª isso foi corrigido, na maior parte do tempo, com personagens dos filmes aparecendo, seus temas foram respeitados e com Williams fora de alcance agora, novos temas foram criados. E com o retorno de rostos animados familiares, alguns foram resgatados.
Bem, o álbum começa direto com Williams em A Jedi Leader, citando Império Contra-Ataca, mas indo pro final um novo motif é apresentado, o dos clones sobreviventes, mas nem pense que ele está substituindo o bom e velho tema dos clones, em Rex and Ahsoka Reunited tanto o tema de Ahsoka quanto o dos clones retorna calorosamente.
Vader é uma presença constante na 2ª temporada, e apesar da marcha imperial ter sido usada a torto e a direita na 1ª, a orquestração e como eles a usaram quando Vader aparecia diferencia o suficiente, ambas Your Master Has Deceived You, de Glen Russell, e A Master and an Apprentice, de St. Laurent, arranjam Clash of the Lightsabers de Império de uma forma poderosa, usando a orquestra de Budapeste.
Falando da orquestra, mas continuando em citações, You're the Bait! e Hera Soars, de Russell, são peculiares, a primeira arranja faixas de Tubarão composta por Williams e a segunda de Rocketeer de James Horner, o famoso igual, mas diferente.
Shoot Like a Stormtrooper é nossa primeira faixa de Sean Kiner, e basicamente aqui é ponto de virada na série, temos o tema da equipe, o dos clones e o de Ezra em rápida sucessão sem perder o ritmo, algo que Williams faz de monte e que o MCU deveria fazer, a utilização de motifs para contar uma história, e se você não sabe quem está fazendo o que só ouvindo essa faixa, então deve checar seus ouvidos. Mas não é só Sean que se diverte, Russell retorna com o tema dos clones e com o da equipe em Kanan Saves Rex, e Kanan Salutes Rex termina uma série de ótimas faixas com um arranjo que coloca o motif rebelde como o tema dos clones no trompete.
Ahsoka Duels the Inquisitors, de Sean e Kevin, começa com uma breve menção do tema da Ahsoka e segue para uma batalha entre metais e coro, bem similar ao material de Maul em Clone Wars. Sean continua em Twin Moons com meu fraco, a solo vocal, que com o tema de Ezra realmente fica uma beleza. E em uma jogada do destino, Ezra and Leia se conhecem e aquela confusão que me desgosta, vira um arranjo que faz sentido e que combina com esse contexto.
Duas faixas favoritas a seguir, ambas de Sean, Kanan and the Walker introduz o tema de Kanan, sim, demorou uma temporada e meia para o segundo personagem principal ganhar um tema, e é um ótimo tema. E The Protectors, essa é a exemplificação do que falei dois parágrafos atrás, abre com o tema da equipe, segue para o motif da conspiração/Kamino de Ataque dos Clones que leva ao tema de Ezra que combina perfeitamente com o de recém-criando tema do Kanan, e termina com o retorno do motif do Olho da Morte de Clone Wars, passando pelo motif da conspiração de novo e terminando com o da equipe. São 4 temas que se encaixam perfeitamente, e o da conspiração nem precisava estar aqui.
Journey Into the Star Cluster é uma daquelas faixas que o cara acordou inspirado, um violoncelo solo e no fim a orquestra se junta para arrebentar a boca do balão. Sean reprisa o tema de Kanan mais uma vez no meio de uma percussão agitada em TIE's Attack, Kanan Defends. The Great Pergill, Ezra and the Pergill e Pergill in Hyperspace, de Russell, introduzem e desenvolvem um tema para as baleias espaciais. Cham retorna com o som estabelecido para Ryloth e introduz um motif para Cham que é também um proto-tema para Hera, algumas notas daqui são desenvolvidas para o tema dela. O tema do Inquisidor retorna triunfantemente nos metais em Kanan Can't Protect Ezra Forever, de Matthew St. Laurent.
Zeb Rock é um pedaço de música diegética (pode ser ouvida pelos personagens), um rock intergaláctico que apareceu primeiro aqui e depois é usada esporadicamente pela série. Call of Darkness, de Russell começa com uma explosão dos metais e segue para um arranjo de Darth Vader's Death, de Retorno de Jedi, escolha curiosa, o tema de Ezra dá as caras brevemente até que só sobra a marcha imperial.
Ora, ora, tá na hora do Maul mais uma vez, Sean cria um novo tema para ele, coro sem melodia? Coisa do passado, esse aqui é memorável, um tanto melancólico e ameaçador, para violoncelo e violinos, ele é desenvolvido por Maul e Maul and Ezra, de Russell, vale notar que todas essas e as próximas da temporada foram gravadas com a orquestra de Budapeste.
Então chegamos as últimas faixas, só coisa boa. Blinded, de Sean, começa na ação desenfreada, acalma e explode com a menção de Qui-Gon's Noble End e, pela primeira (e última vez) Duel of the Fates, continua nas cordas com o novo tema de Maul nos metais. Kanan's Mask continua a ação desenfreada e a já mencionada A Master and an Apprentice, de Laurent, acalma um pouco as coisas com o tema de Ezra antes de explodir com a Marcha Imperial em um arranjo de Clash of Lightsabers. Pelo título e como começa dá pra sentir que Anakin and Ahsoka, é especial, reutilizando a gravação da até então última vez que a audiência tinha visto ambos Anakin e Ahsoka juntos em Anakin Talks to Ahsoka do fim da 5ª temporada e usada nos créditos do fim da 6ª de Clone Wars e distorcendo um pouco, foi uma jogada genial.
As duas últimas faixas são curiosas, ambas Where the Sun Sails and the Moon Walks, de Sean e It's Over Now são para a mesma cena, ambas utilizam o tema de Ahsoka como base, tenho quase certeza de que uma é utilizada na versão brasileira e a outra no original em inglês... E ambas são ótimas.
E assim chegamos ao fim da 2ª temporada, como devem ter percebido tive muito mais a dizer a respeito dessa do que da 1ª, bem definitivamente houve uma evolução no processo, se isso foi a inclusão de Sean ou uma metodologia diferente aplicada eu não faço ideia, mas glórias que mudou.
Agora chegamos a 3ª e estranhamente, nem ela nem a 4ª receberam um álbum da trilha oficial, então todas as músicas que irei falar são não-oficiais. Essa temporada viu um amadurecimento na série, ela ainda era restrita ao DisneyXD mas Ezra estava mais velho, Kanan estava cego e Thrawn foi introduzido, além de entrar mais no lado espiritual da Força.
Falando em Thrawn, Kiner foi para um instrumento que ainda não havia sido usado propriamente em Star Wars, o órgão, além de uma metódica nota tocando repetidamente, esse tema é desenvolvido em Thrawn's Arrival, Thrawn's Web e Thrawn's True Face, ambas as últimas de Sean. Kanan's Revelation, de Sean nos traz uma versão calma e bonita do tema de Kanan. A terceira temporada tem basicamente um episódio de Clone Wars no meio do caminho, nele há diversas referências musicais a série (inclusive créditos nostálgicos), e termina com Won the Clone War, que desenvolve o motif dos clones sobreviventes.
Julian Cisneros chega, compõe Attaching the Transfer Lines, se recusa a elaborar mais e vai embora. Maul retorna e com ele outro tema de Clone Wars, o de Satine em Maul's Shrine to Satine, de Sean, uma breve, porém poderosa faixa, Witches Attack, Sabine and Kanan Possessed e Fighting Possessed Kanan, as três de Russell, retornam a vibe terror de Dathomir e as Irmãs da Noite, com o coro e a escrita tipica de David. Ei, lembram quando eu falei do tema de Saw Guerrera, lá na primeira parte desse episódio em Bad Batch, olha ele aqui sendo introduzido, na faixa com o nome dele e em Had to Be a Bug!, de Russell, rápido, memorável e cheio de amargura.
A essa altura da série, Ezra, Kanan e Hera tem temas, além do pro grupo, mas quando Sabine começou a ter o foco de alguns episódios, Sean quis criar um tema para ela, Sabine Theme Sketch, Sabine and Ezra Talk e Sabine's Catharsis desenvolvem esse tema em harpa e violino, é um dos melhores temas da série e de Star Wars se posso dizer isso. Duel for the Darksaber continua com o tema dela e com o da Força, incluindo alguns elementos do tema do Olho da Morte, e Sabine Remains usa o tema dela com toda a orquestra.
Reuven Herman trabalhou na série também, mas somente uma música dele está disponível ao público até agora: The Archion Nebula, uma gama de emoções passam por essa faixa, material de ação de primeira, escrita ótima e o retorno da vocal solo! Mom Mothma's Speech, de Russell, é calma e solene até uma explosão nos metais no final. It Ends Where It Began termina a história de Maul, começa com o novo tema dele, segue para uma percussão que vai crescendo até o ápice, com uma menção do tema da Força que em Uma Nova Esperança era o de Obi-Wan, e termina com o arranjo mais melancólico do tema de Maul. Binary Sunrise, de Russell, é o que se espera de uma faixa com esse nome, o tema da força/Obi-Wan, mas não antes de citar o tema de Luke.
Chegamos a finale da 3ª temporada e olha só quem retornou, a orquestra de Praga, e ela volta em cheio com... o mesmo arranjo do tema do Luke da faixa anterior em Kanan and Ezra, de Russell, não faz sentido e me dá arrepios de 1ª temporada, mas o arranjo com a orquestra do tema de Ezra que vem logo depois aquece meu coração. Mas as citações não param e Thrawn's Orbital Bombardment, de Sean começa com uma de Império Contra-Ataca, mas as cordas tomam conta rapidamente até a explosão do tema de Thrawn. A primeira faixa de Jared Forman que falo aqui, apesar de ele estar na equipe desde o início, Final Hope (ou Landing on the Interdictor) usa o tema da equipe maestralmente e ele nunca soou melhor. Breaking Through the Blockade, de Sean, é o final épico pra temporada, usando o tema do grupo como base.

E chegamos a 4ª, o ápice de Rebels, essa temporada resolve diversas pontas soltas e encerra a série da melhor maneira possível, e é a melhor temporada para a trilha também, a essa altura diversos personagens já tem temas, a dependência de Williams é quase inexistente e o som já equivale ao de Clone Wars em qualidade.
O tema de Sabine continua a se desenvolver em Sabine's Speech, de Sean e Passing the Sword, de Russell, a primeira com uma menção do tema do Olho da Morte e remetendo a uma das melhores faixas de Clone Wars, Padme's Speech. a segunda termina com um coro e com a orquestra toda explodindo. O tema de Saw reaparece bem melancólico em Saw's Friend Arrives, de Russell, seguida de ótima ação. The White Loth-Wolf é um tema extremamente diferente de tudo em Star Wars, é bem etéreo mas ainda possui uma melodia distinta, no final fica bem parecido com o tema de Satine, mas deve ter sido coincidência, a variação do tema da Força no fim não foi.
A melodia de Twin Moons começa Kanan's Past e o novo tema dos lobos-loth se desenvolve pelo resto da faixa de modo semelhante a faixa anterior. Brawling with the Bruiser é uma variação de Airplane Fight, de Caçadores da Arca Perdida, por algum motivo Kevin gosta de pegar músicas de Indiana Jones para Zeb. Kanan Prepping for Rescue, de Sean, rearranja o tema de Kanan de uma maneira nova, animada e resoluta, encerrando com o motif rebelde. A morte de Kanan quase não usa efeitos sonoros então a trilha é a única coisa guiando a cena, Kanan and the Fire com batidas secas, um coro e a vocal solo, extremamente eficaz e deprimente.
A depressão continua em Nobody More Than Kanan, de Sean e Kevin, ainda não apareceu uma faixa com o tema de Hera, mas aqui está ele, logo depois do desenvolvimento de uma nova peça representando a perda de Kanan e seu tema encerra a faixa. Temple Collapses é outra faixa que o cara acordou inspirado, de Deana Kiner, tem a percussão, um ritmo constante, o piano, uma crescente até um ápice, uma das se não a melhor faixa de Rebels. Em Kanan's End Credits, de Sean, a nova peça da perda de Kanan começa a faixa, seguida pelas notas iniciais dos lobo-loth e termina com um desenvolvimento completo do tema de Kanan, majestoso. Imagina se continuassem no mesmo nível da 1ª temporada... a 4ª não seria nem 50% tão eficaz quanto é.
Hera's Arrival, de Russell, usa o arranjo do motif dos rebeldes de Shootout in the Cell Bay de Uma Nova Esperança e AT-ACT Assault de Rogue One, mas também uma emocional fanfarra com o tema dos Clones que é difícil não bater palmas. Pro último episódio a orquestra de Praga volta pra uma última série de ótimas faixas, Ezra Reflects, de Sean, é o melhor que o tema de Ezra já soou, a segunda parte da faixa traz o som militaresco que continua em I Can Always Count On You, com as cordas tomando conta da faixa.
Thrawn and Ezra's Standoff, de Sean, começa com uma explosão nos metais mas se acalma imediatamente, o órgão de Thrawn aparece sem citar o tema dele, as cordas começam a se agitar e uma citação de The Emperor's Death, de Retorno de Jedi, começa no coro e orquestra, e termina com um violino em evidência. Sabine Sees Ezra, de Sean, inicia com o tema de Ezra de forma melancólica, forma que continua por toda a faixa emocional, o tema de Sabine domina o fim da faixa que acaba com uma citação do motif rebelde. Russell pode exercitar sua ação característica com uma orquestra dessa vez em Shootout in the Shield Generator, e é sempre bom ouvi-lo com uma orquestra.
Faltam 3 faixas, From the Rubble, de Sean, nos agracia com tema do Imperador e da Força com todo o poder da orquestra de Praga. Gregor, também de Sean, é um arranjo solene e triste do tema dos clones, com as cinco notas finais que acho são uma referência ao tema dos Commandos do jogo de 2005. E Epilogue, um medley de alguns temas da série, começando pelo de Sabine passando pelo de Hera e levando a um arranjo de Home for the Twins de Vingança, o episódio termina com um ótimo arranjo dos créditos finais dos filmes que junta o tema do grupo e o motif rebelde.
E isso foi Rebels, talvez a mais evidente evolução em produção, começando dependente de Williams com apenas 3 novos temas, para um final rico em música e continuidade musical. É realmente de se admirar. O grupo de compositores não foram chamados para Star Wars: Resistance, então Rebels era o fim de Star Wars para eles por um tempo, até que Clone Wars foi salvo para uma última temporada, uma que traria de volta a filosofia da série, mas também tudo que foi aprendido em Rebels, e até alguns temas.
Até a 7ª de Clone Wars...
– Gabriel Bezerra
Comentários
Postar um comentário