As Aventuras do Jovem Indiana Jones | Reviews do Volume II
AS AVENTURAS DO JOVEM INDIANA JONES
VOLUME II
VOLUME II
Provavelmente o volume que terei menos coisas a dizer. E sim, aqueles na capa são Catherine Zeta-Jones e Daniel Craig... chegaremos lá.
É um período de guerra mundial. Forças aliadas atacando pelas trincheiras, conseguiram tomar uma posição do exército alemão. Bem, depois dessa tentativa fracassada de recriar o texto inicial de Star Wars, vamos ao episódio.
Mais um ano e 1917 teria que responder por certas semelhanças. É um episódio demonstrativo, pouquíssimo enredo acontece aqui, acho que é o que faz a conexão entre as duas partes bem mais fluída. E se a demonstração que o episódio queria fazer é que guerras são idiotas, conseguiram (já era minha opinião mesmo). "A primeira linha de defesa é a de homens corajosos", legal, e? Um bando de gente correndo servindo de mira pro resto conseguir chegar a um poço e ficar lá se tiverem sorte... Qual o sentido? Um bando de gente morta pra que?
O que não temos de enredo, temos de figuras históricas, Siegfried Sassoon e Robert Graves, dois futuros poetas e futuro presidente da França, Charles de Gaule. A prisão da segunda parte é fictícia, mas algumas imagens da guerra em si, tenho quase certeza, são de arquivos verdadeiros, e não acho por causa da recriação para série não ser realista, mas sim pela queda de qualidade na imagem, a produção da série deixou o cenário realmente vívido.
Darei o braço a torcer para o episódio, me fez importar com o povo que morreu, definitivamente não esperava o comandante francês morrendo do nada, levei o maior susto, e a separação de Remy e Indy foi abrupta, propositalmente, provavelmente. A prisão não me deu motivos suficientes para querer sair de lá, se estivesse preso acho que iria ficar por lá mesmo. Como Indy se tornou Cabo? Não importa, o garoto fica bem de uniforme!
Indignação. Veja bem, tudo que falei na review anterior foi devidamente abordado na primeira parte desse episódio, a continuidade ficou meio confusa, Indy escreve para Ned como se nunca tivesse ido no front, mas dá pra conectar os pontos sem muita dor de cabeça. Como seguimos Indy nas trincheiras em um episódio demonstrativo, esse consegue focar no horror e idiotice da situação vendo de fora, e que raiva, vontade de socar a cara dos generais.
A cena descrevendo os acontecimentos que levaram a situação atual da 1ª Guerra consegue ser hilária, junta com as diversas cenas dos generais se preocupando mais com a política do que com os soldados e pessoas morrendo... e ela vira indignante. Mais a cena no hospital dos feridos, e o medo de Remy de voltar, o fazendo manter a ferida aberta, e fica tudo bem deprimente. Com as reais ameaças dos canhões, (e gravações de arquivos, novamente), parece que tudo realmente vai pro brejo, mas o episódio consegue terminar satisfatoriamente com Indy queimando bem dramaticamente as ordens de ataque. Não tem preço,
Porém, a razão do porque ele não foi morto e voltou normalmente para as trincheiras... a clara cena de conexão entre partes do episódio não soube explicar bem. É agora que eu vos lembro que esse jovem Indiana tem somente 17 anos, não só ele passou pela revolução mexicana e pela primeira guerra em diversos fronts, como perdeu a virgindade com Mata Hara e conheceu o Imperador Palpatine! Ian McDiarmid faz uma aparição surpresa como amigo de Henry Sr., bem não tão surpresa se você presta atenção nos créditos iniciais, e se você presta, também notou que essa segunda parte foi escrita por ninguém menos que Carrie Fisher!
E que parte fenomenal, e bem incomum pelo que vimos na série até agora, não só todas as mulheres tem alguma personalidade, nuance ou fala interessante, como também temos flashs do futuro de Mata Hara e sua dança sensual, que poderia facilmente ser somente mais uma de muitas, ser intercalada com outras de suas facetas apresentadas no episódio. Além disso, apesar de concordar com Hara, ambos os pontos na discussão entre ela e Indy são válidos.
Agora, porque eu concordo com os pontos de Hara? Porque Indy virou uma criança ciumenta que não sabia onda tava se metendo, não dá pra apoiar o caso dele, o garoto ficou sem cérebro. Mata Hara é a terceira (quarta, se contar a filha do Arquiduque) mulher na vida que conhecemos de Indy, e cada uma dela até agora foi de extrema importância para o amadurecimento do serzin, e eu acho isso fascinante.
Se vocês ainda não notaram, eu realmente amei o roteiro de Fisher, não sei como ela acabou escrevendo pra série (Lucas é o creditado para "estória"), mas estou muito feliz que foi. Joel McNeely entra em cena oficialmente como compositor de ambas as partes, e como uma primeira impressão, a trilha da primeira parte é dramática e memorável, talvez porque ela foi usada extensamente em ambos os jogos Lego de Indiana Jones, mesmo assim, o coro no final foi realmente poderoso.
Apesar de gostar bastante dos episódios focados na guerra, escrever sobre eles realmente é complicado, felizmente, as coisas são mais seguras na África, não quer dizer que isso me ajude muito.
Que episódio divertido! Uma parte mais que a outra, porém não deixa de ser um bom entretenimento de tardinha, uma vibe bem Sessão da Tarde.
Devo confessar... eu não lembro do capitão no episódio do Roosevelt, mas se disseram que estava, eu acredito, e ei, uma conexão aos episódio dele criança são sempre bem-vindas. O mistério do titular trem, junto com as paisagens africanas e as cenas de ação fizeram essa parte do episódio passar voando. O que eu não esperava era que se tornasse a origem da mentalidade de "dançar conforme a música" que Indy terá na vida adulta, mas foi bem implementado, e levou a umas boas risadas.
A segunda parte no entanto... Não ficou tão fluída quanto a primeira, e pela primeira vez, o título do episódio não cobriu ambas as partes, o trem explodiu no meio do caminho! Enfim, apesar de não saber a veracidade da companhia de idosos e nem de seus integrantes, o general von Lettow é sim uma figura histórica e o ponto central de toda a segunda parte, e eu gosto que a série não vilaniza os alemães, afinal, estamos na 1ª Guerra, não são nazistas.
O que se segue, é uma longa e repetitiva trajetória até lugar nenhum, é divertido em alguns momentos, mas não consigo entender exatamente o que essa parte quis realizar, além de fazer Indy interagir com o comandante (que aqui na realidade, teve a única campanha colonial dessa guerra onde a Alemanha não foi derrotada. -pedia, Wiki) e Margaret Trappe, outra figura histórica presente no episódio.
Eu disse que não ia entrar muito no mérito de como a série representou os povos dos lugares visitados, mas esse episódio foi o que mais entortou meu nariz... Não só a única fala do único africano no grupo principal é "Hakuna Matata", como o encontro com a tribo local e o fato de a maioria dos soldados que vemos morrer são locais africanos, é um tanto estranho, pra dizer o mínimo, e todas essas cenas se encontram nessa segunda parte, vou dar um pouco de crédito para essa última situação e pensar que foi uma crítica ao acontecimento, os caras pegam nativos para lutar uma guerra que não tem nada a ver com eles pra morrerem, eu achei isso ridículo, mas acho que é crédito demais.
A frase "making it up as I go" apareceu pela primeira vez lá em Caçadores da Arca Perdida, e é proferida umas 3 vezes nesse episódio, aqui no Brasil, na primeira dublagem, ela foi traduzida como "não sei, vou pensar em alguma coisa", que transmite o mesmo sentimento, porém, como outras falas traduzidas, não é a mesma coisa, não sei como a nova dublagem traduziu, mas como não consigo ouvir Guilherme Briggs como Indy, ficarei com meu "vou pensar em alguma coisa". E falando nos filmes, a trilha de Joel McNeely nesse episódio, não só teve vários floreios típicos Williams, como quase citou nota-por-nota a faixa "Belly of the Steel Beast" e o tema nazista para o filme.
O próximo episódio vai focar no povo africano, vamos torcer pra não ser com a mesma "delicadeza" que essa segunda parte do episódio.
Chorei. Meus medos não se tornaram realidade, e esse foi um ótimo episódio, o melhor até agora.
E a primeira cena do episódio já indicava que a vibe seria outra, começando com simulações de filmagens arquivadas, que geralmente vão pros créditos finais, já dizendo em quem essa primeira parte focará. É interessante sair da segunda parte do episódio passado para essa, o tratamento é outro do povo africano, e mais uma vez, a série fala sobre algo que comentei no episódio passado, com o grande discurso de Barthélèmy, países europeus sempre quiseram a África, e a guerra foi uma ótima desculpa para tentar conquistá-la, usando o próprio povo. De novo, o episódio anterior mostrou a situação e esse comenta sobre ela, usando a criança encontrada para fortalecer os pontos discutidos. Acaba que os separatistas que aparecem brevemente, ficam como quem teve a ideia certa...
É estranho que Indy ande com o pingente com uma foto de uma garota de 10 anos? Talvez não, o conceito de tempo é algo fascinante, mas é irônico que a filha do cara que foi o estopim para a guerra, tenha salvado a vida dele enquanto lutava nela. É que nem poesia, rima. E nessa primeira cena que todas as peças são introduzidas majestosamente, as metralhadoras, a parceira entre Indy e Barthélèmy, a camaradagem entre ele e os soldados, e a falta dela entre Boucher e os soldados, com eles sabendo perfeitamente que a guerra não é para ajudá-los. Ned deve acenar negativamente com a cabeça a cada carta que Indy o envia.
E descobrir ao fim da segunda parte, que a viagem toda foi pra nada, as armas nem eram realmente necessárias, é de uma indignação tamanha, e não seria se não tivessem se importado com os soldados que morreram no caminho (os roteiristas, digo), mas mostrar cada morte e deixar a de Barthélèmy por último foi duro, mas uma ótima maneira de fazer entrar na cabeça de quem assiste a ideia que é abordada mais a fundo pela aparição histórica do episódio: Albert Schweitzer.
Colocar o hospital no caminho na primeira parte conectou ambas histórias e fez tudo parecer uma coisa só, o que é sempre bom de se ver. A conexão também ajudou a pensar que eram os separatistas que entraram no barco e não que era o hospital de Schweitzer. Indy aprender com o médico talvez não vá a lugar nenhum, canonicamente, mas o objetivo não era fazer ele ouvir e sim a audiência, e esse episódio está cheio de discursos pra deixar a cabeça pensando.
Eu realmente gostei muito desse episódio, pra mim ele passa o da Mata Hari por pouco, apesar de não ter falado extensivamente dele, é um que ficou na minha cabeça e que eu lembrava de ter assistido, o que não posso dizer de todos. Joel McNeely continua com o seu tema para a África e a trilha do episódio me agraciou com mais uma faixa que usaram no jogo de Lego, boas memórias. Os filmes de Indiana Jones são celebrados por filmar em locações (falsamente dadas como o local em que se passa no filme, em Caçadores e Caveira, a América do Sul foi filmada no Havaí) eu não tenho certeza de onde filmaram o Congo, não me surpreenderia se realmente fosse lá, porém foi a primeira vez assistindo a série que eu pensei "não seria a mesma coisa em um estúdio", especialmente na montagem da morte dos soldados.
O próximo episódio começa as aventuras no serviço secreto, não sei exatamente como Indy sai de capitão para espião, mas deve mudar a dinâmica dos episódios (é um dos que eu não lembro).
Um episódio editado, escrito e dirigido por Ben Burtt? Com certeza não vai ser um episódio sonoro. Acho que é conhecimento público que George Lucas usou filmagens de lutas áreas da 1ª e 2ª Guerra para base nas batalhas de Star Wars, e essa série já flertou com a aviões de combate em episódios passados, então não foi muita surpresa esse ser quase completamente focado no céu.
Na review passada eu disse que as lições de Schweitzer não iriam a lugar nenhum canonicamente, e que não fazia ideia de como Indy entraria pro Serviço Secreto, e levei um tapa na cara, porque a base da jornada e da decisão de ser espião, é a lição de Schweitzer, porém ele meio que se perdeu na lição, achando que Anthony Fokker, aparição histórica nº 3, seria usado pelos Aliados para espalhar vida... Vamos lá Indy, seja sensato. (Não sou de comentar da legenda, pois foi feita por fãs, mas eu não entendi o porque traduzir Good=Deus e Evil=Diabo... não faz sentido no contexto do que o doutor disse, mas talvez dê ainda mais razão a ideia de que Indy entendeu errado, apesar também de ele não ser lá muito religioso... AH, é irrelevante).
A história mesmo é toda sobre as aparições históricas, a Esquadrilha Lafayette, o Barão Vermelho Baron Manfred von Richthofen, Charles Nungesser e o já citado Fokker (que nomezinho) e como todas essas figuras se encontraram (coisa que nunca aconteceu, que a gente saiba. Bem RRR). Devo dizer que não sei como filmaram as cenas de longe, com todas aquelas piruetas e manobras, e apesar da aparente tela azul em alguns momentos, achei bem feita a composição de imagens quando tinham que filmar a cabine.
Algo inesperado foi o humor no episódio, principalmente no início da segunda parte, com um bando de paródias seguidas umas das outras de espiões, a aterrisagem de paraquedas e a recorrente faca no sapato. Há um certo charme sobre Indy dar a ideia ao Barão de pintar o seu avião de vermelho, e podia jurar que o encontro aleatório com a moça no trem ia levar a uma troca de malas... mas não. A também cômica cena de Remy e Indy se reportando para o serviço secreto leva a uma despedida que não estava esperando, mas veja bem, talvez agora Remy possa lembrar que tem uma esposa com filhos!
"Tenho um mal pressentimento sobre isso", ele disse! Ele disse a frase! Não tenho certeza se foi reusado ou uma nova orquestração, mas a ideia musical lá do capítulo 9 para o avião retorna nesse episódio. Já fazem 11 episódios desde que T.E. Lawrence apareceu, Indy já escreveu uma penca de cartas para ele... mas nunca vimos ele receber uma, pobre coitado, mas agora sabemos que finalmente saímos de 1916, já não era sem tempo.
Apesar de não ser o mais tecnicamente impressionante, com algumas escolhas interessantes de edição, a intriga política mantém tudo interessante, tanto que as cenas de ação na primeira parte que deveriam animar as coisas, acabaram sendo a parte mais chata. Agora, eu entendi alguma parte da política? Não. Sou um analfabeto histórico, tanto o tratado quanto a ameaça bolchevique me perderam em certos momentos, mas o episódio fez de tudo para não me perder completamente, contextualizando a situação.
Devo dizer que ver Indy bancar o agente bonzão, saiu de surpreendente na primeira parte, a irritante na segunda, não sei ao certo se o episódio estava dizendo que ele estava errado ou não, trair a confiança dos amigos bolcheviques, definitivamente, implicar e se sentir superior ao seu colega de porão... Bem, talvez, com certeza eles seriam muito mais rápidos trabalhando juntos, mas ao mesmo tempo, descobrir a informação iria acabar com o movimento que a segunda parte se empenhou tanto para apoiar.
As piadas/comentários sobre o serviço secreto continuam em ambas as partes, e eu acho que a interpretação de Indy aqui é parte disso, todo a ida de trem é uma baderna sem fim, com alguns pontos inteligentes, como a queima da carta, mas pareceu mesmo que tinham que encher linguiça pra chegar ao tempo. A volta de trem foi muito melhor executada, como resolução da caçada que começou na meiuca da parte, a perseguição de sombras foi oh 👌. A segunda parte foi sólida do início ao fim, o relacionamento de Indy com os bolcheviques pareceu verdadeiro, uma aparição selvagem de Lenin em uma espetacularmente drámatica iluminação, e toda o segmento final, de Indy mais uma vez se achando o direito de cobrar alguma coisa, levando a descrença da informação, doeu.
Christopher Lee, o homem destinado a interpretar Condes. Tivemos 2 frase de Star Wars na primeira parte, o retorno da "tenho um mal pressentimento sobre isso" e a inesperada "que incrível novo cheiro você descobriu", divertido. Ah, como estava sentindo falta do tema do Jovem Indiana, agora nas mãos de McNeely, deu pra ouvir a diferença, ainda mais porque tocou diversas vezes. Fato curioso, esse foi o primeiro episódio que vi da série, então quando a tela ficou preta e branca, minha mãe e eu achamos que era realmente gravação do evento... Iludidos.
E agora o episódio que a sinopse já me roubou tudo que podia falar...Provavelmente o mais divertido episódio da série, e a culminação de todos as piadas e comentários sobre o mundo da espionagem. A primeira parte também é provavelmente a cinematografia chama mais atenção para si mesma, no estilo cartunesco. E tivemos três figuras históricas no episódio, Serguei Diaguilev, Franz Kafka e o retorno de Pablo Picasso, mais excêntrico que antes.
Não só tecnicamente o episódio foi bem feito, como as piadas também. Poderiam muito bem só contar piadas, mas a escolha de fazer toda a fonte da comédia ser situacional, é genial, e combina perfeitamente com o que queriam demonstrar sobre a realidade da espionagem, tudo bem que a realidade sai um pouco de cena na segunda parte, e o episódio vira um filme do Charlie Chaplin (adorei), eu ainda estou tão perdido quanto Indy sobre o por que ele foi preso, e apesar de ser parte da piada, saber que isso acontece toda hora, faz perder um pouco da graça.
A saga dos formulários... meu Deus, que coisa irritantemente hilária, e uma enorme crítica a o que a burocracia de Max Weber se tornou. E apesar do encontro com Franz Kafka historicamente não ser possível ali, se pesquisei certo, o papel que ele desempenhou foi de grande valia e leva ele aos trabalhos historicamente canônicos. E me perdoem por não falar muito da primeira parte, tudo que posso falar sobre o episódio são risadas.
Além das figuras históricas, vi alguns atores familiares no episódio, inclusive um que já esteve em Indiana Jones. Um duelo, onde é alto e seco, os segundos e um doutor no local, e apesar da disputa ter morrido, houve tiros, eu brinco, mas é ridículo que ainda faziam isso no início do século XIX, Laurence Rosenthal retorna, e a trilha incorporou um pouco de Mickey-mousing (seguindo o que acontece na tela), mas no geral só foi sólida e muito bem-vinda, e com ele também retornaram alguns velhos temas.
Eu tive que olhar umas três vezes... O próximo já é o último episódio desse volume! Não creio me recuso a acreditar.
E finalmente chegamos lá. É estranho que a capa do Volume II seja 75% do episódio final? Em uma situação normal, sim, mas quando se tem duas futuras estrelas de cinema, nem tanto.Primeiramente, este é um filme. Um filme para a TV, mas definitivamente um filme, toda a narrativa funciona para um filme, não temos dois episódios grudados aqui, não, isso aqui é um episódio de 1h e 30min. O jeito que começa já é incomum, Indy não está em nenhum lugar, ao invés disso temos o carinha lá do episódio do Trem Fantasma da Perdição, e Lawrence da Arábia! Parece que as cartas valeram de alguma coisa afinal, e aí temos uma reintrodução de Indy, se disfarçando de pedinte.
Um sorriso estava estampado na minha cara em todas as cenas de Lawrence e Indy reunidos, principalmente na cena que ambos estão na fogueira a noite, como lá no primeiro episódio, mas ao invés de histórias de terror, é sobre a história do lugar e a importância da missão. Uma crítica que vejo muito é que os filmes não fazem a audiência de importar com o planeta/pessoas que o herói tem que salvar, ora veja, Indy passa uns 20 minutos na companhia dos homens que dependerão dele, e acabamos por conhecê-los também.
Apesar de que, os únicos que senti a perda foram os cavalos, pra que arrastá-los pra guerra, meu Deus?! Mas o avanço para Berseba foi bem legal, eles passarem do alcance dos canhões foi algo que eu nem imaginava que podia acontecer, mas levou a morte de um dos australianos, foi tão rápido que nem deu tempo de sentir nada, mas o cavalo ficou bem e chegou primeiro, fiquei feliz.
Outra coisa resgatada dos outros episódios do Volume, foi a insensibilidade dos oficiais, os caras não avisam nada, manda todo mundo pra morte no deserto sem avisar a distância até metade do caminho... Isso gera também o senso de urgência para Indy e nós na missão dele, acompanhado de Maya, sarcástica pra caramba, adoro. A ponte que eles tem que passar levou a minha mente para O Templo da Perdição, obviamente.
Faltando 2 episódios para terminar a série clássica de Star Trek (sim, a dos anos 60), não sou estranho a danças de ventre e o estranho fascínio da época (nem tantos nos anos 90, mas na época do episódio), apesar de que felizmente ela não teve que danças por 5 minutos, o enredo era outro. Te falar que o look de espiã que ela tava era oh 👌. E toda a cena da revelação foi muito bem feita e ainda não sei quem tava falando a verdade, o truque de nos mostrar a faca repetidas vezes sem mostrar o que ela realmente fazia, ainda mais, mostrando algo parecido no início, fez a surpresa muito satisfatória, um plano dentro de um plano, dentro de um plano. E ela saiu viva, então não sei se uma continuação estava nos planos, mas deveria.
E então, Daniel Craig, o chefe de inteligência alemã mais burro do mundo. Apesar de não ser o papel mais inteligente, ele faz o melhor com o que tem e me faz acreditar que tem autoridade, mesmo sendo burro. E a luta com Indy é bonita pela falta de coreografia, conseguiram quebrar a sala toda, e os cortes para os soldados (principalmente, os cavalos) já nos poços deixou tudo mais tenso, infelizmente ele morreu, mas a morte foi satisfatória. Que episódio! Não fechou tão bem quanto Love's Sweet Song, mas resgatou alguns pontos chaves do Volume e reuniu Lawrence e Indy, no fim, é um bom filme.
Este é o primeiro papel de Daniel Craig e o sétimo de Catherine Zeta-Jones, mas em uma série com Christopher Lee, dá pra imaginar que só conseguiram pegar mais alguns atores famosos. Foi nesse aqui que eu percebi que nunca ouvi a voz original de Catherine Zeta-Jones... Ela parecia dublada enquanto estava com o véu, faz sentido, mas não sendo a Mabel Cezar, tava me soando estranho. Não tivemos tantas menções ao tema de Indy quanto eu gostaria, mas novamente a trilha desse episódio foi usada extensivamente nos jogos de Lego, nostálgico. Indy fala de ir para a Austrália, não se preocupe, você não perdeu um episódio, só meteram essa aleatoriamente mesmo, provavelmente um episódio planejado antes da série ser cancelada, ou só uma forma de expandir as viagens.
Sabe, no primeiro parágrafo, eu disse que provavelmente não iria escrever muito, é bom estar errado as vezes, olhando pra trás esse é provavelmente o volume com os melhores episódios, em produção e enredo, eu nem vi o tempo passar e puf, já estávamos no último. Ainda teremos um pouco de espionagem no próximo volume, mas Os Anos de Guerra estão chegando ao fim, e os Anos de Mudança virão.
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