As Aventuras do Indiana Jones | Reviews dos Filmes

AS AVENTURAS DE INDIANA JONES

Não imaginam minha decepção, quando descobri que o Jovem Indiana Jones não veio pro Brasil no Disney+... Não vieram os DVDs em 2008, nem os VHS nos anos 90... Ah, a humanidade!

Mas não é pra lamentar que estamos aqui, saímos da série e viemos para os filmes. Agora é com Harrison Ford e Steven Spielberg, vamos revisitar esses clássicos (e o Reino da Caveira de Cristal) e conectar a série onde possível, vai ser divertido.

É estranho começar pelo segundo filme? Bem, ele é o primeiro cronologicamente, e eu disse que não era uma boa ideia assistir os filmes pela primeira vez nessa nossa ordem. Esse foi o que menos assisti quando criança, minha mãe não gostava de todo o troço com Khali, e então esse foi o que menos tenho lembranças de assistir.

Dito isto, eu não esperava que ele fosse tão divertido! Também esperava um choque de realidade entre a série e os filmes, mas esse aqui começa tão pastelão, que acaba servindo de transição. De Willie quase caindo no palco, em um musical que entra num limbo com um bando de dançarinas a Indy tropeçando por aí enquanto apanha, não é muito diferente dos últimos episódios da série, aliás, a ingenuidade dele em beber o drink beira alguns dos momentos mais estúpidos dele jovem.

Agora, não sei se lembram do meu headcanon sobre o diamante e Remy, mas a cena me dá ainda mais fundamento, o jeito que ele abriu mão do diamante em favor do antidoto, me faz parecer que não era interesse realmente dele, porém isso também quebra um pouco o meu argumento de "riqueza e glória" da minha teoria, já que toda a motivação de Indy ir ao palácio Pankot é essa, riqueza e glória. Mesmo com a criança caindo no colo dele, ele não fala com Short sobre elas, e sim sobre essa promessa, as crianças são sua missão secundária.

A cena do banquete no palácio é... errada em todos os sentidos, havia uma cena deletada que chamava atenção pro fato de que aqueles pratos não eram normais, mas no filme como está, parece que é só mais um dia na Índia. Outra coisa estranha é que os britânicos não são antagonistas nessa história, pelo contrário, "salvaram o mundo" do Tugues antes e agora, então é, não é um bom filme pra representatividade da Índia.

Ainda não sei como é que funfa o coração fora do corpo, mas é um visual macabro e é aqui que o filme dá um 180°, saindo da comédia pra escravidão de crianças, yay! Literalmente, um piada com cobra pra um grito de uma criança chicoteada, que leva Indy a revisar suas prioridades, ao invés de fugir com as pedras ele tenta ajudar. Nunca deram ao Harrison Ford papel de maluco, ele deve ter se divertido muito se contorcendo, mas que é macabro é. O filme vai indo fundo e fundo e fundo até que Short escapa e queima Indy o libertando do controle de Khali (santa sorte Batman!) e a partir daí o filme retorna um pouco ao pastelão, porém acompanhado de ótimas cenas de ação.

Não é como se fosse necessário a gente saber como Indy aprendeu tanto da Índia, mas o episódio dele criança lá dá um sabor a mais, o tempo dele lá e o que ele aprendeu o preparou para esse filme, e faz o confronto com Mola Ram na ponte caída fazer um pouco mais de sentido, já que sem aquele contexto ele do nada passa a acreditar em Shiva, e ao invés de levar a pedra Sankara para um museu, a traz de volta para uma vila prosperando. Ele continuar cético depois disso é a coisa mais estranha do mundo...

Esse filme usa com gosto a Marcha dos Caçadores, ou o tema do Indy. John Williams na área e, como em Império Contra-Ataca, o cara cria tantos temas pra esse filme, alguns só aparecem uma ou duas vezes, e o jeito que os temas entram e saem um dos outros, é lindo de se ouvir, aqui ele usa o sânscrito pra música do ritual, o que provavelmente levou ele a usar em Duel of Fates, então sem Templo, sem Duel of Fates.

A skin Professor Jones faz ele parecer o pai dele. Não faz o menor sentido ele levar a Willie com ele depois de pegar o antídoto, fizeram essa mulher sofrer nesse filme, mas ela ajudou no 3º ato, do jeito dela, ah é, ela é o interesse amoroso nº 14 (ou 12). Minha mãe disse que até fazia sentido eles sobreviverem a queda do avião por conta do bote encher enquanto eles desciam, logo depois passou a cena deles caindo para a cachoeira e demos uma boa risada. Todo o material promocional do filme é ele com a camisa rasgada (que homem!), então eu fiquei rastreando a jaqueta e pra onde ela ia, e eu não faço ideia de como ele pegou ela de volta. O vai e volta de Willie e Indy no palácio... existe.

Alguns filmes surpreendem, e essa é provavelmente minha última surpresa, porquê eu sei os outros 3 de cor, mas o que eu não sei é como (e se) eles se conectam a série, então ainda tenho isso pra me surpreender, esse é um filme divisivo, e entendo o porque, me diverti com o pastelão, que tem de sobra, mas não posso esperar pra caçar uma arca.


Esse é o Indiana Jones! É curioso como não tem nada igual a esse filme, todo mundo no topo do jogo, a vibe, a ação, as caracterizações, a música, tudo no 11.

O mais engraçado é que o próprio Indy parece que atingiu seu pico aqui também, nessa nossa maratona nós vimos um jovem Indy que não exalava essa confiança e surpreendentemente, nem em O Templo da Perdição ele tava nesse nível (mas tava quase lá), o que faz a introdução do personagem funcionar até nessa nossa ordem, porque esse não é o mesmo Indy que acompanhamos até agora (o que é curioso considerando que só se passou um ano desde Templo).

O problema é que essa sendo a concepção do personagem, o padrão fica bem alto, e isso vale pra todo o filme, nenhum filme consegue chegar ao nível desse. As cenas de ação são em sua maioria sem qualquer fala, como em um filme mudo, todo o filme é construído para emular os do passado, dando aquele toque atemporal que é lindo de se ver, simplesmente não dá pra parar de assistir.

Enfim, expert em ocultismo?! É, ele sabe de algumas coisas, nada que um arqueólogo não saberia... porém expert? Sei não. Aqui que o ceticismo dele é fundamentado, uma simples frase que quebra muita coisa, não importa quanta coisa ele veja, essa frase tem que ser levada como fato. Mais um detalhe para a skin de professor dele, é que mesmo carregando aqueles papéis como Milo Tatch em Atlantis... Harrison Ford continua bonito pra cacete.

Mas vamos ao elefante na sala, o interesse amoroso nº 13 (ou 11), Marion Ravenwood. Primeiro, vamos estabelecer uma linha do tempo, Abner Ravenwood estudou com Indy na universidade de Chicago, seja lá o que aconteceu entre ele e Marion foi a dez anos atrás, 1926, que causou o desentendimento entre Abner e Indy. Agora, Indy tinha 26/27 anos e a Wiki diz que ela nasceu em 1909 o que dá 17 anos. Eu não sei porque eu tô olhando nisso, nada de bom vai sair, como Marion disse "estava errado e você sabia", porém canonicamente não são os 15/16 anos que circulam por aí. Ela tem uma ótima introdução, isso sim.

Sallah é introduzido no Cairo, o segundo amigo de verdade que aparece nessa série (o primeiro é o Marcus, Remy é nem lá nem cá), e Indy recebe dois baques seguidos com a "morte" da Marion e do macaco, é, ele nunca soube que o macaco era traíra, então pra ele foram duas mortes no mesmo dia. Como todo mundo soube tão rápido da "morte" dela é a questão, mas levou a conversa com Belloq, que revelou que ele é o Coringa do Indy, "um dia ruim".

A outra questão é se a Marion ficou realmente bêbada, eu não faço ideia, nem sei se ela tava blefando na competição no Nepal ou tava realmente quase caindo, a mulher sabe beber. O filme não precisava fazer o Indy suspeitar do Sallah quando a corda caiu, mas é um ótimo jeito de nos dizer onde ele está em níveis de confiança. Depois de uma pedra com um peso descomunal que quica e uma briga obrigatória com um gigante (na qual Indy dá uns socos Kirk [socos com as duas mãos juntas]) contendo uns pastelões muito bem-vindos (o que foi aquela sacudida nas pernas antes de cair 😂) o filme voa até o final.

De acordo com Belloq, Indy não explodiu a Arca por curiosidade, e a reação dele enquanto ela era aberta me faz acreditar que Belloq estava certo, a diferença porém, é que acho que ele só tinha interesse em saber o que estava dentro, que era areia, e assim que os espectros começaram a sair da caixa, o homem percebeu que era verdade, a Força, os Jedi, era tudo verdade, ele continuar cético depois disso é a coisa mais estranha do mundo... Mas aí que tá, não acho que ele continuou cético, vamos ver no próximo filme, mas pelo que eu me lembro, ele nem entra na caçada por conta própria, ele só tá procurando o pai, e o Reino da Caveira de Cristal também não entra nesse mérito, então acho que aqui acaba o ceticismo de Indiana Jones (e acho que era essa a intenção para o arco dele no filme mesmo).

Indy está com outro chapéu no final desse filme... Não sei o que dizer a respeito, só sei que é estranho. Tirando as óbvias referências a esse filme na série do Jovem Indy, não há muitas conexões, em um episódio não produzido, Abner ia aparecer procurando a arca quando Indy ainda tinha 9... Se eles se reencontraram na faculdade, (provavelmente entre 1923/24) seja lá o que Abner fazia lá, ele provavelmente estaria um pouco mais velho que Indy nesse filme (36/37 anos). Por que entrei nesse assunto? Simples, a série parou logo quando ia entrar nos personagens dos filmes.

Sinto que meus pensamentos finais foram expressos no início dessa vez, meu DVD tá arranhado de tanto que vi esse filme, e A Última Cruzada não deve estar diferente, o filme que é acusado de tentar copiar Caçadores sem sucesso, bem, eu que vou decidir isso.


Ok, eu esperava que esse fosse o filme que conectasse a série perfeitamente... achei errado. A caracterização desse Jovem Indiana Jones que começa o filme é mais parecida com a de Caçadores do que a da série (e de Templo também), temos aqui o efeito Solo, Indy em um dia recebe seus ingredientes essenciais, e pela primeira vez entendi que o início era pra ser uma reviravolta que estávamos assistindo o passado... bem, meu headcanon sobre a primeira vez que ele usa o chapéu na série ainda funciona.

Como o vídeo que coloquei no início dessa nossa jornada disse, Indy nesse filme parece ter completado sua missão, a primeira coisa que ele perdeu é a primeira que a gente vê ele recuperando e ficando com ela, e então o filme não é sobre Indy em busca do Cálice, isso é a missão secundária, a prioridade é achar seu pai (o inverso das prioridades em Templo). E confirmando minha suposição, nesse filme é Indy quem pergunta a Marcus se ele acredita no cálice, e Brody responde que não, então o em dúvida agora é Indy, não mais o cético.

Marcus Brody que recebe uma personalidade mais hilária nesse filme, é outra vibe do que as três cenas dele em Caçadores, mas não é lá uma descaracterização (ele não tinha uma, é o que quero dizer), a única coisa que pode quebrar é a fala "se fosse alguns anos mais novo eu mesmo iria com você", o que leva a entender que Brody já foi um homem de ação, mas enfim, outra coisa que torna a conexão entre o filme e a série é a fala de Brody "eu vi você crescer e vi vocês se distanciarem", a série sequer cita Brody, porém ainda há como relevar isso com o famoso "off-screen", a parte do distanciar pode ter sido entre os episódios dele criança e ele adolescente.

Eu estava meio assim meio assado até Henry Sr. bater com o vaso falso na cabeça de Indy, o que faz o filme são essas interações entre pai e filho, que também são bem diferentes das da série, novamente, dá pra encaixar, mas não é perfeito, nunca que eu ia imaginar o Henry da série ter rizz suficiente pra dormir com a Elsa, porém aqui ele é o Sean Connery. E Elsa, eu não a considero um interesse amoroso, não mesmo, nem o John Williams fez um tema para ela, e ele fez um pra Cruz do Coronado e o cara que a pegou (acho que ele não tem nome), nesse filme o homem estava afiado (como sempre).

Nazistas, é o que faz esse filme parecer ainda mais derivativo de Caçadores, mas aqui ele foca ainda mais em algo de passagem em Caçadores, em nenhum desses filmes o vilão é alemão, são pessoas que não precisavam estar aliadas aos nazistas, mas mesmo assim estão trabalhando com eles e ao mesmo tempo se distanciando do título, sabe como todos morrem? Elsa é a mais branda das mortes, mas todos morrem... mal. O plano do Donovan talvez seja o mais imbecil de todos, o cara não se importa em viver por todo o regime nazista mesmo dominando o mundo todo, o que indica que ele é tão rico, que não afeta a vida dele, é, morreu, como deve ser.

Desde o desfiladeiro da lua crescente o filme ganha aquela vibe religiosa etérea, o negócio fica sério, e depois da burrice do Donovan e da Elsa, quando Indy cura o pai, diferente de quando ele estava triste por quebrar um vaso, a primeira coisa que ele faz, com o que ele buscava a 40 anos na frente dele, é sorrir pro filho, e isso meus caros, me pegou. Talvez tenha sido o fato que estou o ano inteiro acompanhando essa história e a relação dos dois, talvez seja só o poder de Spielberg, mesmo assim, o real Graal era a família que se regenerou no caminho. Henry se reconectou com o filho, pegou o Graal nas mãos, viu um cavaleiro da primeira cruzada e foi curado pelo poder de Deus, o homem saiu ganhando em tudo, iluminação... sei.

Tendo visto The Fablemans, o sol no inferior da tela me fez rir, e vem cá Steven, quanto tempo você deixou eles cavalgando?! A dublagem clássica é a única vez que ouvi um dublador usar o sotaque de Sean Connery, e faz tudo ficar bem mais cômico. Evolução: Não pilotar para não saber aterrissar! Não foi a guerra que fez ele querer aprender, e sim quase morrer por Lao Che... voar é para droids de qualquer forma. O cara realmente trocou o Graal por um carro? Temos aqui a aniquilação do ceticismo de Indy, então é melhor eu não ver um Indy cético na Relíquia do Destino ein Mangold!

Terminamos essa era dos filmes, a caminho do sol, lembrando que depois disso ainda tem aquela cena em Mystery of the Blues, nos anos 50, 12 anos depois desse filme, e nosso próximo filme se passa 7 anos depois daquelas cenas. O Reino da Caveira de Cristal vem aí, na época diziam que Ford já estava velho demais... bem, em comparação, ele está muito bem. Spoilers, eu sempre gostei do filme, vamos ver se minha opinião mudou.



Eu amo esse filme... não só o filme em si, mas como ele é o final perfeito pra esse personagem que vimos crescer desde de a série até agora. As piadas de velho são sem noção? Sim (principalmente em comparação ao 5º), o CGI é evidente? Sim. Isso tira o meu proveito do filme? Não mesmo.

Como se pode não gostar desse início de filme, uma reintrodução ao personagem onde ele não mais "vai pensar em alguma coisa" e sim "já pensou em alguma coisa", o homem está tão ágil como sempre, mentalmente até mais (eu amo a tradução da dublagem que seria só mais uma piada de velho em tradução literal "achei que estava mais perto" foi para "droga, calculei errado"), e ainda confiando demais em todo mundo, nesse filme o traíra da vez é Mac (o Polly [de Rocky] da franquia, oh ser irritante), e terminar a sequência com uma explosão nuclear! Editar essa cena no meio de Oppenheimer.

Vocês provavelmente não lembram, mas nos diversos episódios que terminavam os Anos de Guerra da série, eu supunha que Indy não havia participado da 2ª Guerra oficialmente... achei errado. Aparentemente ele foi da inteligência, provavelmente quando os EUA entraram na guerra, uma hora a história de Henri Defense deve ter se esclarecido e os EUA o chamaram pra participar. E a suspeita de um Indy comunista o tira da universidade, onde ele parece estar muito mais envolvido d que a gente já viu, nesse filme ele é mais professor que aventureiro, o fato dele ser arqueólogo (no quesito conhecimento) também tem muito mais força aqui, uma evolução natural pro personagem, e o quão incrível é que ele iria lecionar na Inglaterra, provavelmente no mesmo lugar que o pai um dia lecionava. Meus olhos lacrimejam um pouquinho com a cena dele olhando pra foto de Henry Sr. com o tema da Última Cruzada tocando, e a versão do tema do Indy nessa hora é uma das minhas favoritas. 

Agora meu aspecto favorito desse filme com o contexto da série: Mutt Williams. Ei, ei, não pare de ler, veja bem, o fato de Indy não saber que é filho dele no começo permite que ele veja Mutt como um reflexo dele lá em Spring Break Adventures (valendo até uma menção do episódio, JOVEM INDY CANONICO!!!!), o garoto saiu do colégio pra viver a vida dele, Mutt é até menos problemático que Indy, que saiu da escola pra entrar na guerra, e a conversa dos dois no Peru, com Indy falando da família e simplificando essa história toda que vimos com o pai dele pra "foi feio no começo, mas resolvemos tudo no final" e também da mãe dele, é uma satisfação ouvir depois de ter visto, eles não precisavam ter inserido uma referência a série, mas é uma que enriquece a relação dos dois, e também é hilário que Indy cai direto em uma versão do pai dele quando descobre. 

Marion Ravenwood, seguinte, meu interesse amoroso favorito, extremamente feliz com o fim desse filme, espero que nada de ruim aconteca nesse novo filme. Vendo só pela trilogia original... Não havia outra escolha se fosse pra trazer uma paixão antiga, a Willie no máximo era um caso aleatório (sendo uma prequência nem o filme trata ela como algo que vá durar) e a Elsa está bem morta (e nazista), eles seriam corajosos se pegassem alguma da série, queria ver Indy se reunindo com a princesa da Áustria. Mas voltando ao casamento, A Última Cruzada resolveu um problema de infância dele, o relacionamento com o pai, esse filme resolve o problema romântico do homem, lembrem-se que ele pediu em casamento duas mulheres na série sem mais nem menos! Aparentemente Indy e Marion foram para Londres (o padrasto e Oxley são de lá) ao final de Caçadores, o mesmo lugar de Love's Sweet Song.

Russos e alienígenas. Governadora Pryce, digo, Irina Spalko, a melhor cena dela e definitivamente quando ela tenta ler a mente de Indy e ele responde com um "cruzes", nunca que eu reconheceria a Cate Blanchet, a morte mais limpa visualmente falando dessa série. Os Russos em si estão no modo caricato que era visto na Guerra Fria, como se o filme tivesse sido feito na época ecom todos aqueles medos na mente do povo, hilário agora. Mack é o aliado ao inimigo limpando as mãos ao mesmo tempo que morre estranhamente, a edição tá confusa. Novamente alienígenas tomando o crédito pelos feitos de povos indígineas, o jeito que eles conseguiram conectar os homenzinhos verdes a real arqueologia foi interessante, 7 pelo esforço, pra mim são inofensivos, eu assisto pela jornada, não pelo McGuffin. Espaço ente os espaços eh? Pode parar George a gente sabe que eles foram pra Tatooine.

Aparentemente a Bíblia que Charlie pega é a de Marcus Brody, o que ´eum toque que deveria estar no filme mais evidentemente, porque é bem top. Já expressei que gosto do casamento, gosto que ele pode ser um pai melhor que o dele foi (apesar de ser ausente por boa parte da vida dele), gosto que ele é o vice-reitor da universidade, gosto que o chapéu ficou com ele no final com a marcha começando a tocar, gente, eu gosto desse filme, ele realmente é a culminação de tudo que assistimos até agora, Indiana Jones e Seu Final Feliz. O verdadeiro tesouro é a família que reencontramos no caminho. 

Entre Abner e Oxley, parece que os últimos anos da faculdade de Chicago eram mais interessantes do que os que a gente viu... CONTINUEM A SÉRIE! O magnetismo da caixa na Área 51 é a coisa mais inconstante do universo, o jogo do Lego que teve a ideia certa. Quando a nave abriu e o Oxley disse que era um portal pra outra dimensão, eu fiquei meio confuso, a nave subiu então não deveria ser um portal, e sim um hyperdrive ou um motor de dobra... Dobra 8 senhor Sulu. Segundo Henry Jones Jr. a querer mudar de nome... mas também, que tipo de nome é Henry Jones III, nome feio... Ainda acho que ele foi concebido lá no barco de Katanga. Quem que recoloca tudo no lugar quando alguém passa pelos mecanismos? A música durante a perseguição na floresta é tão boa, pena que o álbum só tem 1/3 dela.

É isso minha gente, eu só vou ver o 5º filme na Segunda dia 3, então esperem uma review provavelmente Quarta-Feira, uma aqui com spoilers e outra sem em mais uma Reviw Que Ninguém Pediu. Devo dizer que reassistir tudo me deixou preocupado com o novo filme, coisa que eu não estava antes, sei que somos poucos, mas agradeço muito por ter me acompanhado nessa longa jornada (desde Janeiro!) semanalmente vendo o crescimento desse personagem que me é muito querido, nos vemos a caminho do pôr-do-sol (ou na saída de um casamento).


ESSA REVIEW CONTÉM SPOILERS DE INDIANA JONES E A RELÍQUIA DO DESTINO

É sério, eu já vou começar explanando.

Filhos da mãe, mataram o Mutt! Covardes. Se você voltar uns 5 parágrafos verá uma frase que não envelheceu particularmente muito bem, e se eu já não tivesse levado um spoiler antes de assistir, provavelmente eu não ia gostar do filme, porque eu fiquei bem chateado quando soube, mas miséria queisso ainda encaixa com Mutt sendo o reflexo de Indy na série do Jovem Indiana Jones 😩.

Se você não se lembra como o Jovem Indy entrou na guerra, eu te lembrarei, o garoto ouviu o Lawrence da Arábia falando como a guerra deveria ser lutada e, contra o pai, se alistou, não duvido que tenha acontecido a mesma coisa com Mutt, mas a guerra do Vietnã (a qual Indy viu o que levou a acontecer em Winds of Change) não foi a 1ª Guerra Mundial... e se não fosse o final desse filme, com a Marion retornando e eles tendo aquele momento lindo que me fez chorar (de verdade), mostrando pro Indy que ele não estava sozinho, eu não sei qual seria minha opinião do filme, mas acho que seria negativa.

E já que entramos em reflexos, eu gostei que Helena é um reflexo de Indy em O Templo da Perdição, atrás de fortuna e glória, se aliando as pessoas erradas, e arranjando um garoto de rua que iria roubá-la como acompanhante, mas ela parece ser um pouco mais sem noção do que ele jamais foi, o que faz a relação deles ter uma dinâmica legal. Ela também não precisou encontrar crianças acorrentadas pra mudar, Indy mostrou a ela o que já havia dentro dela o tempo todo. Um pouco clichê mas ocorre naturalmente durante o filme, sendo comprovado pela Relíquia ainda no quarto dele (é esse o segundo artefato que vimos ele ficar com a posse?!)

Esse filme me fez perceber algumas coisas dos outros filmes: Spielberg adora usar sombras e aqui tem muito pouco uso delas; nenhum outro filme tem tanta morte de inocentes a mostra como esse, chegou a me deixar desconfortável; e, do outro lado da moeda, também não teve uma morte tão satisfatória pros nazistas, o avião caiu... uau. Pelo contrário, a cara que o Mads fez enquanto caia me deu pena... de um nazista. Inverteram as bolas, até o bruto só morreu afogado, horrível mas não chega a ser a mesma coisa que fatiado e esmagado... vixe, acho que é pior.

Voller, o homem queria ser o novo Führer, voltar no tempo para reescrever a história, mas ele não esperava o SANTO PARADOXO TEMPORAL BATMAN! Mas eu também não esperava que eles realmente voltariam no tempo, pela trilha (eu ouvi a trilha antes do filme) achei que eles passariam pelo vórtice e veriam vários tempos e depois retornariam pro presente, que nem em The Flash basicamente, mas não, os caras foram para... ah é, esse filme não tem datas! Fiquei esperando duas coisas do prólogo, a logo da Paramount transitar para o filme (decepcionado) e um texto falando o lugar e o ano, mas nada... no filme inteiro.

Por um instante achei que ele realmente ficaria no passado, um paradoxo já estava criado, não acho que nada seria mudado se ele "sempre decidiu ficar", mas enfim, graças que Helena deu um soco na cara dele (gerou a maior risada do cinema). Toda a cena no passado foi oh 👌, e sendo a Grécia, obviamente minha mente me levou a Travels With Father, ainda mais quando ele começou a falar grego antigo, o que me deixou mais confuso com ele não saber falar a língua no Marrocos...

Eu também estou quase indo contar se foram realmente 9 vezes que Indy recebeu um tiro... só me lembro de 3, contando o do pai de Helena, Basil, que aparentemente foi outro professor de Oxford que ele era mega amigo, entre Oxley, o pai dele e Basil, me surpreende ele não ter ido pra lá, já que ele não está mais na faculdade Barnett nesse filme, mas faz sentido eles quererem colocar Indy em Nova Iorque nessa época.

Serpentes, insetos, ratos, formigas e enguias, com uma pitada de insetos e aranhas também, além de musicalmente, hoveram algumas referências aos filmes anteriores, mas bem sutis, tenho certeza que não peguei todas, o que me agradou. Em retrospecto, ver o quanto A Última Cruzada referenciava Caçadores foi um pouco estranho, então esse não depender dos outros foi uma boa escolha. Eu fiquei esperando mesmo foi uma referência direta a série, ainda mais com o garoto brincando com ele se ele havia conhecido os irmãos Wright, ele conheceu o Barão Vermelho, ísso serve?

Na hora de finalizar, eu percebo... que eu comecei a review de trás para frente, como o filme esse é só um epílogo para nossa jornada, infelizmente eu não posso acabar tão doce quanto esse filme termina, recriando uma cena clássica com novo significado (ela sabe como é agora 😭), eu só posso dizer que escrever meus pensamentos desordenados aqui sempre me dá uma melhor apreciação para esses filmes, então eu agradeço por isso, por me acompanharem e encerrarem esse jornada comigo, pegando um chapéu do varal.


-Gabriel Bezerra

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