Trilhando as Trilhas | Episódio III: Arrowverse | Fase 3 | Flash S02 & Arrow S04: Altos e Baixos
Trilhando as Trilhas
Episódio III:
Arrowverse
FASE III: FLASH S02 & ARROW S04
Já faz 84 anos, pois estamos de volta!
Já se foram 6 horas de música e nem riscamos a superfície, temos duas novas séries, novos temas, muito drama, mas também bastante ação. Como pode ver estou separando a Fase III em duas, aqui falarei da segunda temporada de Flash e a... quarta de Arrow, além das faixas dos crossovers que vieram enfiadas no meio dos álbuns, seguindo o mesmo esquema da anterior, vamos lá então.
Começar a segunda temporada de Flash foi intimidante. Eu sabia que Zoom estava vindo. E eu havia ouvido boatos sobre a Terra-2. Mas adicione a isso viagem no tempo, resquícios do tempo. espectros do tempo, multiversos, Tubarão Rei, sósias, Mulher-Gavião, Vandal Savage e toneladas de mais metahumanos, pode ser muito para absorver e representar musicalmente. Olhando para a temporada como um todo, foi muito divertido, excitante, as vezes alucinante, mas sempre satisfatório ver uma série em seu segundo ano se tornar ainda melhor que a temporada anterior e crescer para o mega sucesso que é agora. (NEELY, Blake. 2016)
Maior e melhor realmente é um modo de descrever a segunda de Flash, mesmo com o tom um pouco mais sombrio, a série não deixava de se divertir, e o mesmo pode ser dito sobre a música. Arrow tem um som ligeiramente novo a cada ano, porém Flash não teve muitas mudanças sonoras, e sim uma expansão.
Já começamos no familiar em How It Ended / Reluctant Hero, depois de um breve motif no piano estamos de volta a Closing the Whormhole, uma variação com o tema do Flash por cima do coro, o tema do Nuclear (Ronnie/Stein) em uma versão solene com a percussão por baixo no meio do caminho, com o tema do Flash nos levando de volta para o motif no piano, no episódio ao invés do tema é a reprise de Dead to Me. Já começando a todo vapor, a parte final da faixa é a hora do tema dos metais brilhar além do Shumm e do eletrônico em ondas. O motif de Wells para harpa também retorna em Harrison's Will / Henry Released, se a versão original era banhada em mistério, essa é sombria de vez, substituída por felicidade na segunda parte da faixa, com o piano do tema do órfão por baixo das cordas, trocando de lugar ao final com as cordas tocando o tema.
Lembra que eu te disse que Blake parecia gostar muito do tema do Nuclear... Pois bem, mesmo sendo um novo Nuclear, elementos do tema antigo compões The New Firestorm, o padrão das cordas continua o mesmo e a melodia continua sendo nos metais, uma variação da antiga, mas diferente o suficiente para ser única. Staged Fight to Lure Zoom é uma faixa curiosa, é dramática com cômica de início, até cair de cabeça para o terror com elementos do tema de Zoom crescendo e crescendo. The Face of Your Hero continua de onde a anterior parou, inserindo mais alguns sons e elementos a palheta do Zoom, o tema do Flash pros metais nas cordas, lentas e sombrias por baixo de todos os sons do Zoom, o motif do Cisco/STAR Labs afastam os sons, mas o tom continua.
Sentiu saudade? Grodd retorna em Grodd into the Breach, e assim começamos a lista de: cues da primeira temporada reusadas que entraram no álbum da segunda. Ela começa com o tema do Grodd nos metais e as cordas do Flash, uma nova proposta com batidas e cordas agudas, parecendo juntar o motif do Cisco/STAR e o de Flash. O quase-riff retorna sendo interrompido pelos metais do Grodd. A segunda metade da faixa é a CPTREAS, uma ótima ideia, com a batida no fundo de Fastest Man Alive, e mais outras, até umas metálicas, com as cordas de diversas formas, terminando com o tema do orfão por algum motivo. You Have a Son, His Name Is Wally é o tema de Wally, eletrônicos agudos no fundo e 6 notas no piano, 6 notas que me lembram muito o tema do Exterminador do Futuro, fica mais evidente quando elas forem pros metais na próxima temporada. Let It Snow Villains... Sabe por que não calo a boca sobre continuidade musical? Por causa desse tipo de faixa. Começando direto com o som de sirene do Mago do Tempo, indo para o tema do Frio, e depois o retorno de Shirley Walker no tema do Trapaceiro, terminando essa seção com as cordas do tema do Trapaceiro, os metais do Frio e o som de sirene do Mago do Tempo um em cima do outro! A segunda seção, fica na tensão por um tempo, até ir para um conflito dos temas do Mago do Tempo e do Flash, as cordas e percussão com Mardon e os metais com Flash.
A próxima contém uma reprise e um CPTREAS em Sending Reverse Flash Back / Wells Betrays, inicia exatamente igual a Dead to Me, tanto que quando eu ouço no aleatório não sei qual entrou. O som de helicóptero do Reverso leva a faixa à outra direção com o tema do órfão nos metais, o staccato do Reverso começa nas cordas com o coro e os metais no Flash, as cordas ficam com o Flash e o final de Dead to Me entra por cima até a nossa CPTREAS, para metais e cordas, uma variação do tema do Flash com o tema do órfão, terminado com batidas crescentes. Mas a faixa não acabou, elementos do tema de Wells e Luring the Admission, assim como o tema do órfão por cima de uma atmosfera sombria compõe esse final, a percussão cresce e entra o tema do Flash nos metais para encerrar. Não acabamos com as reprises, Welcome to Earth-2 já nos traz de volta a Closing the Whormhole, variando no meio quando as quatro notas de Oliver e o tema da Supergirl brotam, o resto da faixa também retorna ao tema de Wells, indo para o do Flash que segue a mesma veia.
O tema da Nevasca é desenvolvido aqui em Hello, Breachers. Eletrônicos agudos e frios no estilo das cordas do Capitão Frio, 8 notas nos metais e um eletrônico em pulsação, crescente e decrescente. Hunting and Electrifying King Shark nos concede a reprise obrigatória de Supersonic, em uma forma diferente, mais encorpada e épica. The Right Decision desenvolve uma ideia muito bonita para piano, com o tema do Flash no instrumento do meio para o final. Eu gosto muito de todas as três... Mas não tenho muito a elaborar com palavras.
A outra faceta do tema do Zoom em Who Is Hunter Zolomon? com uma melodia um pouco mais definida, a batida e os eletrônicos do vilão por toda a parte. A adição são as 8 notas em pares nos metais (notando que não haviam metais no tema anteriormente), as cordas se tornando mais proeminentes até chegarem ao ápice e se tornarem as do Flash junto com o tema dos metais. Ready to Save the World tem a harpa reminiscente do tema de Wells, com o eletrônico em ondas ao fundo e o tema dos metais. E, então, nossa próxima CPTREAS, eletrônicos indo para direita e esquerda, o piano e as cordas por baixo começando a reprisar The Scientist, até ser a reprise completa. Pra quem não lembra, é essa a versão que toca quando Barry é acertado pelo raio da série, a faixa termina com uma continuação, agora com o tema do Flash nas cordas e piano.
A MVP do álbum, Stuck in the Speed Force começa bem sinistra com tons esperançosos, então o piano entra com um novo motif, uma variação de todos os do Barry, o coro com o tema do Flash, o eletrônico em ondas retorna e o piano começa com o do Flash, as cordas entram e o shumm também, o tema do Flash pra todos os instrumentos, crescendo, um arranjo diferente de tudo que ouvimos até agora, e quando pensava que não podia crescer mais, as cordas e a percussão explodem com o tema e o shumm encerra. O problema dos álbuns de Arrow até agora, foi a falta de faixas com o tema das Canários... então quando há uma corrupção do tema em Black Siren in Central City, há uma possibilidade de não se notar que é uma variação do tema das Canários. Só nessa faixa tem mais menções do tema que a junção dos álbuns da segunda e terceira temporadas.
Já chegamos ao final, The Race of His Life também inicia com outra CPTREAS, dá pra acreditar? Parece que foi feita pra essa cena, mas não. As cordas em um padrão repetido, o piano com o quase-riff, o eletrônico em ondas e o desacelerando entrando em cena junto com o tema nos metais, as cordas se agitando e o shumm leva para o confronto. Um novo padrão para as cordas, os metais e as cordas na variação de Stuck in the Speed Force, e as duas notas nos metais e coro explodem voltando para o padrão anterior, com o tema do Zoom interrompendo, o shumm e o tema do Flash retomam o passo até ser somente ele com até uma breve aparição das cordas de Supersonic, o tema do Zoom retorna uma última vez, se tornando o tema do Flash ao final. É curioso que Barry e Iris não tenham um tema ainda, pois I Will Wait For You corrige isso. Começando com uma variação do tema do órfão nas cordas, o piano e o sopro tomam a frente com o tema do Flash levando a base que será o tema de Barry e Iris, uma variação do tema do Flash nas cordas, a faixa vai para um tom mais sombrio. Logo depois, as percussões entram e o shumm brota abafado, o coro, os metais (o bagulho é sério) e então, o staccato do Reverso, o tema do Flash em metais graves com o eletrônico em ondas, que é substituído pelas cordas com o piano por cima, o eletrônico decrescente encerra com as cordas até que só o piano sobra.
É amigues, rápido, conciso, vapt vupt, alguns até podem dizer, um flash. Vamos lá tudo aqui é 10/10, nenhum segundo desperdiçado, mas lembra o meu papo de ter inovado/criado muita coisa original e que acabou sendo um problema depois? Pois era dos diversos CPTREAS presentes nesse e em próximos álbuns, o problema de dar tudo o que tem em uma temporada... é que não dá pra dar de novo nas próximas, sim, ainda temos originalidade aqui, mas o fato que já estamos repetindo faixas na segunda temporada, é preocupante, não estávamos assim em Arrow, e falando no diab... Darhk.
O que começou como um tom mais leve com uma nova vida para Oliver e Felicity rapidamente mudou com a chegada de Damien Darhk na recém renomeada Star City. Quando a quarta temporada começou, Ray Palmer estava presumidamente morto, Thea estava infectada com sede de sangue da sua ressureição pelo Poço de Lázaro, Anarquia estava correndo solto, e todas as apostas estavam abertas. A temporada estava cheia de ação e emoção, uma proposta e um término, Merlyn defendendo seu novo status como Ra's Al Guhl, Oliver conhecendo seu filho, e todos nós (inclusive eu!) descobrindo quem estava na cova. Foi uma temporada divertida para se escrever música, me dando novos icônicos personagens como Gavião Negro e Mulher-Gavião, Double Down, Constantine, Vixen e até meu bom amigo Tom Amandes interpretando o Calculador. Não seria Arrow sem algumas reviravoltas, luz e escuridão, ou o relacionamento que os fãs chamas de "Olicity". Até tivemos uma crise de míssil nuclear e um domo sobre a cidade! (NEELY, Blake. 2016)
Estou feliz que tenha gostado Blake... Oficialmente temos outro compositor adicional aqui no álbum, Daniel James Chan, não será a última vez que o veremos. Com isso o time está completo, Blake Neely, Nathaniel Blume, Daniel James Chan e Sherri Chung. Blake e Blume desde o início, Chung na fase passada e James Chan entrando nessa nova. Ok, tá na hora de realmente falar da quarta de Arrow. Todos os álbuns até agora começaram similares e a quarta começa com outro arranjo, mas não entrou no álbum, infelizmente.
Mesmo assim a corda de arco ainda é o primeiro dos sons que nos agracia, com uma nova ideia ainda por cima, variante do tema do Oliver, Return to Star City / Darhkness Arrives então introduz o tema do Darhk. Blake não perde a oportunidade de fazer um trocadilho: uma batida com eletrônicos mixados, sons borbulhantes (mais rápidos que o do Zoom) e os metais graves tocam as 6 notas, seguida de eletrônicos e um arranhando agudo. Um novo arranjo das quatro notas do tema do Oliver abre Green Arrow: as cordas e a percussão crescem gradualmente, o staccato do tema principal nas cordas graves, as cordas agudas com outra melodia e a percussão a todo o vapor, o eletrônico crescente entrando e levando ao staccato nas cordas agudas e os metais na variação das quatro notas.
Espero que goste do tema de Olicity, The Ring and the Grave já inicia no piano solo com as cordas entrando depois, a harpa e os metais se juntando e fazendo a transição para o motif do mistério da lápide. Code Names e Fighting Ghosts são as primeiras faixas de ação do álbum, introduzindo de vez o novo som da temporada, basicamente o oposto da anterior, mais pra cima e alegre. Ambas com eletrônicos diferentes do usual das temporadas anteriores dominando (lembram os de Tunnel Fight da 2ª temporada), a primeira com diversas menções do staccato do tema principal, e os sons característicos do Arqueiro. A segunda mescla os eletrônicos com as cordas com eventuais usos dos metais na primeira metade, o que mais parece vir de Flash em certos momentos, a segunda metade é mais focada na percussão, o que leva a um rumo interessante.
O duduk retorna em Thea Has Bloodlust, para representar os efeitos do poço de Lázaro (sede de sangue), com sussurros sinistros terminando a faixa levando a Resurrected and Infected, onde o tema para a Sede de Sangue é introduzido. A percussão por baixo de 4 notas nas cordas graves, os instrumentos de Nanda Parbat reintroduzidos, um padrão nas cordas com a percussão e as 4 notas agora no coro, Sherri Chung entra no meio como a vocal solo, o duduk com a percussão, o coro com o padrão nas cordas, cada instrumento uma camada do tema. A reprise de Purest Heart com Sara Silenced forma Beyond Saving, com alguns segundos de ação ao fim da faixa. E a ação continua em This City is Dying, ainda com bastante eletrônicos acompanhados das cordas, o gongo abafado e outro eletrônico cortante levam a faixa para uma nova ideia, para cordas e metais.
Mais ação em Ghost Takedown, corda de arco, batidas eletrônicas, os metais lentamente com o tema, as cordas no staccato, o tchuu, tudo perfeito. As batidas e o tchuu continuam levam pra real ação, as cordas nervosas dessa temporada por baixo dos metais lentos, alternando para batidas com os metais lentos, um novo som muito interessante domina por um momento, as palmas retornam, e o eletrônico crescente dá espaço para o tema de Ray completo invadir. Menção obrigatória de I Forgot Who I Was! Oliver Meets William é a versão completa com o arranjo de Own Worst Enemy, bem mais calma, ainda belíssima. E então temos Facing Anarky, uma pulsação e cordas agudas com 3 notas repetidas, é o motif do Anarquia, o resto da faixa é ação com a pulsação por baixo de sons e metais característicos do Oliver. Temos também o retorno dos sussurros sinistros de Thea Has Bloodlust e os eletrônicos com cordas agudas de novo.
Nós tivemos solo de piano, com vocal solo, mas agora temos uma versão melancólica do tema de Olicity em For Better or for Worse, não muda muita coisa só é mais lento, e expandido para 3 minutos, as duas notas repetidas da harpa que ficam em loop, enquanto a melodia nas cordas faz algumas variações. Taking a Hand é uma faixa que me deixa perplexo... Até agora, boa parte das repetições (tanto de Arrow quanto de Flash) tinham significado, não são exatamente temas sendo repetidos onde não fazem sentido, mas aqui temos o tema do Conde Vertigo. Se fosse só a guitarra indo pra esquerda e direita, mas até a percussão e eletrônico? Por quê? E ainda It Was I Who Failed? Eu lembro de ver o episódio e ficar bem confuso com a música. Bem, pra fechar ainda temos o retorno do tema de Ra's Al Guhl (esse faz sentido). Let Each Other Go começa no mesmo tom de tantos outros temas de amor entre Laurel e Oliver, com o piano indo mais pro lado Olicity e a corda de arco no fundo. O tema de Oliver transita para o tema de Olicity e volta para o de Oliver, com o piano de Someone You Love pra fechar, menos deprimente dessa vez. Might Know Someone Who Can Help... pra essa é preciso explicar uma coisa.
Em 2015, na CW Seed, Vixen lançou. É uma série animada contando a história da personagem titular no Arrowverso, canônica até Legends of Tomorrow apagá-la, o que deveria interferir nesse episódio de Arrow, mas enfim. No lado da trilha ficou: Tema por Blake Neely, Trilha por Nathaniel Blume, é um tema que utiliza os instrumentos africanos, 6 notas nas cordas e duas nos metais graves. É uma série muita boa, condensada em um filme, deveriam checar.
Não tivemos muito Darhk até agora, pois os sons estabelecidos lá em Darhkness Arrives retornam aqui no início de Canary Flies Away. Aquele eletrônico arranhando e as batidas com eletrônicos, as 6 notas nas cordas graves dessa vez, e depois nos metais como de costume, um sino grave e o tema de Oliver levam a um ritmo familiar. É isso mesmo, Sacrifice mais uma vez, em uma versão mais agitada, o piano por cima mais pesado, até só sobrarem as cordas, com o piano tocando uma só nota, um arranjo poderoso do tema. Na segunda parte da faixa, o piano domina com 7 notas, as cordas do final de Working Together but Alone entram em cena e o piano com a variação do tema do Oliver, o sopro entra com a versão da Laurel do tema da Canário, e o piano ainda com o Oliver, a percussão entra junto e fecha a faixa pensivamente. Genesis... É uma faixa. Crescente, é uma faixa crescente, cordas, metais percussão, tudo mantendo a tensão até explodir com o tema de Darhk, a versão mais pronunciada até agora no álbum. As cordas, novamente, parecem que vem de Flash em um momento.
Not Black and White é aquela música que você quer que seja a trilha dos seus últimos momentos. Também é crescente, 6 notas em variação no piano e corda de arco, outra variação do tema principal no sopro, essa variação agora nos metais, e depois nas cordas, agora é uma ideia própria, que alterna entre ela e o tema principal. O gongo abafado aparecendo ocasionalmente, o cravo agora junto com as cordas graves dando o ritmo enquanto os metais e as cordas agudas estão na melodia, as agudas entram em um padrão junto das percussões, o tchuu intercalando, as coisas acalmam para o tema de Olicity, as percussões levantam de novo e o tema do Oliver no mesma orquestração do Olicity, a percussão com o staccato crescendo até o eletrônico crescente terminar a faixa.
Realmente um ótimo final para a pior temporada da série, queria que terminasse a 8ª com ela, mas a 6ª quis estragar as coisas. A situação é a seguinte, pra mim, esse novo som não funfou, ficou muito parecido com Flash, agudo demais, saiu um pouco da vibe Arrow, porém, era o que o início da 4ª temporada propôs, mas as coisas caíram rapidamente e o som continuou. Enfim, ótimas faixas, algumas repetições duvidosas, mas o conjunto e como variou é interessante (exceto por você Taking a Hand, você não faz sentido!).
Se você já conhece os álbuns, ou acompanha enquanto lê, percebeu que eu pulei algumas faixas tanto de Flash quanto de Arrow, pois bem como já expliquei lá no início, são as faixas crossover, que eu deixei pra falar aqui no final.
Os primeiros 9 episódios de Arrow e Flash foram organizados para preparar o terreno de Legends of Tomorrow. Sara, Snart, Ray, Stein e Jefferson, todos chutados rumo a Legends, e o crossover anual entre as duas séries também foi sobre Legends, introduzir o vilão e os Gaviões.
E o vilão é Vandal Savage, é melhor gostar do tema, porque vai ouvi-lo um bocado. Eletrônico similar ao de Zoom, aquela crescida, também o do helicóptero do Reverso, mais espaçado, o coro entra cantando vogais, no mesmo ritmo das cordas, que estão em um staccato/pizzicato. Tudo se acalma por um breve momento e o coro canta a melodia com a percussão e o staccato acompanhando, e umas explosões dos metais graves. Então ok, temos camadas novamente, usando a mesma ideia, o coro, o staccato ou pizzicato e a percussão, com os elementos eletrônicos.
Em Vandal Meets Flash, o staccato é subtraído para dar lugar ao quase-riff do Flash, juntando-se ao coro e percussão, o mesmo ocorre em Savage Interruption, que no fim, quando o coro volta para as vogais, se junta aos metais de Oliver. Mas o crossover é entre Flash e Arrow, e Blake brinca com os temas novamente em Who is Kendra? / Hawkman Cometh, e começando a introduzir o material dos Gaviões, o coro, conectando ao tema de Vandal, harpas e sopro, o quase-riff do Flash (em um arranjo específico para esse crossover) e o staccato de Oliver se unem brevemente antes da ação começar na segunda metade da faixa. Hundreds of Souls, volta para os Gaviões, especificamente a Mulher-Gavião, as cordas com piano introduzem as notas do tema dele, as cordas agudas e a corda de arco com o gongo abafado juntam os elementos de Arrow e Flash.
E Vandal In Church / A Legend Is Born continua adicionando o pizzicato de Vandal ao quase-riff de Flash, a percussão de Oliver com o gongo abafado. O tema da Mulher-Gavião calmamente nas cordas por cima do coro com as vogais, o eletrônico crescente é interrompido pelo coro na melodia, até um sino transitar as cordas para 6 notas repetindo os metais com o tema da Mulher-Gavião, voltando para Vandal e retornando para o quase-riff do Flash e os metais com as 4 notas do Oliver, a bateria leva ao tema da Mulher-Gavião com o coro dessa vez e aquelas 6 notas ainda nas cordas, que ao final se tornam as 7 notas no coro do tema de Legends of Tomorrow. E assim, tanto as cordas quanto o coro/metais do tema de LoT são introduzidos.
A essa altura vocês já devem saber o quanto eu sou fã de Someone You Love... Pois bem, por algum motivo, Blake decidiu inserir a reprise na seleção das faixas-crossover do álbum. Veja bem, só duas faixas do crossover foram para o álbum, My Whole World Exploded que é dividida em duas e Oliver Meets William, que já discutimos por não ter nada de crossover na faixa... pois então pularei para a segunda metade, Savage Fight, o gongo abafado começa e as cordas vão para o padrão da Suite. A percussão cresce junto com o staccato, o eletrônico crescente e o tchuu leva a explosão do tema do Oliver ainda no arranjo da Suite, com o quase-riff do Flash no meio. O eletrônico de Vandal anuncia sua chegada, assim como seu barulho de helicóptero, o pizzicato e de novo o coro nas vogais indo para a melodia com percussão e o metal grave, típica ação Arrow nas cordas com o gongo abafado até o metal grave interromper, o shumm traz a reprise de Running Back In Time em um arranjo diferente, sem o tema do Mago do Tempo.
E... é isso. Meio desanimador, estou ciente, também fiquei um pouco, nem o crossover realmente salvou porque foi quase um piloto pra Legends, que falaremos em seguida. Mas, e as temporadas em si? Pois bem, as repetições se tornaram algo normal, aparentemente, e as tratarei assim a partir de agora, como já disse, escrever música para TV é complicado e se pareci meio rude, foi mais pela questão da escolha de incluir a repetição em um álbum limitado, do que com a repetição em si. Tirando Taking a Hand, a maioria das repetições faz total sentido narrativamente ou musicalmente, por serem ideias de ação, e Arrow até rearranjou as repetições. Apesar de não ser fã do som escolhido na 4ª temporada, a escrita continua forte e é uma mais que bem-vinda levidade comparada a deprimente trilha da 3ª temporada, Flash não variou muito, em time que tá ganhando não se mexe. Mesmo assim, Blake, Nathaniel, Daniel e Sheri conseguiram expandir o catálogo sonoro um pouco mais, nos agraciando com ótima música no processo.
Mas não só de velocistas e flechas vive o Arrowverso, houve também uma expansão no universo, com Legends of Tomorrow e Supergirl, os próximos álbuns que trilharemos...
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