Afinal, o que é NERD•ISH? | #100
Olá, bem vindos ao centésimo artigo do Nerd•ish Journal. Quem vos fala é o Tiago (@tiago.samps), e se você for recorrente aqui já sabe quem sou eu: sou o idealizador do blog, e atualmente carrego o título de editor-chefe porque a gente tenta construir uma estrutura séria aqui.
Esse "artigo" não vai ser bem um artigo, mas uma carta aberta. Uma carta de agradecimento a todo mundo que chegou nesse centésimo artigo, contando nossa trajetória até aqui.
O ano é 2021, acabamos de sair de um isolamento social causado pela pandemia e eu acabei de chegar no 3° ano do Ensino Médio. Na época eu achava que queria estudar direito, então sabia que precisava fazer uma boa redação pra passar no ENEM. A ideia do blog veio como uma forma de trabalhar minha capacidade de relacionar minhas referências (filmes, jogos, livros, etc) com a vida real. O famoso repertório sociocultural. O texto que melhor evidencia isso é Spider-Man: Miles Morales | Vidas Descartáveis, onde eu relaciono uma parte da trama do jogo do Homem-Aranha com a violência policial que é tão presente na minha vivência no Rio de Janeiro.
Bem nesse início, chamei amigos que poderiam se interessar pelo projeto porque sempre soube que eu trabalho melhor com alguém comigo. O time que eu montei não é o mesmo de hoje, apesar de alguns nomes permanecerem. Entre eles, um estudante de jornalismo, que me deu muita força pra começar o projeto, mas teve suas razões pra sair antes que começassemos a expansão, e Pedro Lucas, que mesmo tendo se afastado do projeto, marca presença até hoje através da nossa identidade visual.
Pedro quem deu a ideia das nossas cores (o exato tom de amarelo e laranja) e da fonte do N que é, literalmente, nossa marca em todas as redes sociais. Além de, claro, escrever uns artigos geniais, tipo R6: POR QUE A COMUNIDADE GAMER É TÃO CHILIQUENTA? que questiona a intolerância e a homofobia dentro da comunidade gamer.
Bom, eu acredito na ideia de que projetos devem ser iniciados focando única e exclusivamente na diversão e aprendizado aos envolvidos no processo. Logo após o inicio do blog, eu praticamente morava na casa do Tiago e apesar de ser uma pessoa bem alheia à cultura nerd, consumindo só o mainstream, fui inserido no projeto. Acredito que o meu papel, além do que o Tiago mencionou logo acima, foi o de acreditar e incentivar desde o inicio e eu acho que esse papel foi bem executado, porque mesmo com os obstáculos da vida, o blog continua firme, forte e crescendo cada dia mais.
Mesmo não estando mais envolvido e tendo perdido o principal pilar da minha nerdice que eram os filmes da Marvel (tô achando todos um lixo recentemente), continuo nutrindo um enorme carinho pelo blog e pelos amigos aqui envolvidos, pessoas que eu nem mesmo conhecia antes disso. Acredito que contribuí com o que estava ao meu alcance, já que a minha vida nerd atualmente se resume a ver alguns animes e series fim de semana e jogar fifa. Sim, foi isso que eu me tornei.
O final da história é que recentemente eu fui admitido num estágio por causa de uma menção ao Nerd•ish no meu currículo.
Continuem com o projeto, o futuro reserva muitas conquistas para vocês meus amigos!
Tem também a Carly, famosa Ham (ou seja lá por qual nome você a conheceu), que também começou escrevendo e hoje (apesar de ainda escrever de vez ou nunca) é a designer oficial (mas não remunerada, ainda não fazemos isso aqui) do Nerd•ish. Tenho muito a agradecer à ela (e a todos citados aqui) por quanto ela abraça esse projeto, principalmente pela visão que ela tem de partes da cultura nerd que eu não consumo tanto pra ter propriedade pra cobrir em artigos e notícias. Se vocês tiveram recentemente uma Review Que Ninguém Pediu sobre de One Piece que explica por A mais B porque a série é uma ótima adaptação do mangá, ou mesmo um site organizadinho e posts estilizados no Instagram, agradeçam a ela. Sério.
Ok, sendo bem direta e sincera logo de cara, já tiro o meu da reta e admito que poderia ter levado o projeto com a mesma seriedade que levo ele hoje em dia desde o começo ao invés de guardar as minhas brilhantes ideias e talento artístico em segredo por tanto tempo (E se for pra culpar algo por isso, então eu culpo o capitalismo que me sugava totalmente!).
Mas dito isso, eu agradeço imensamente ter sido convidada pra compor esse projeto desde cedo, porque pude ver de perto o crescimento do blog ao mesmo tempo que aprendia a respeitar mais cada um dos integrantes, não só como amigos mas também como profissionais. E também o blog que de certa forma me ajudou a me sentir mais confortável para me encontrar como pessoa e com quem eu realmente sou, me ligando a pessoas novas que de pequenas e grandes formas me rodearam de amor e afeto nos momentos que eu mais precisava, me dando não só grandes amigos mas também um lugar no qual aquela garotinha tímida e solitária da minha infância tanto buscava pra falar sobre as coisas que ninguém conhecia mas que ela tanto amava.
Dito isso eu tenho todo orgulho de bradar que o jornalismo nerd de qualidade cresce!
Falar de Gabriel Bezerra devia ser mais fácil, visto que ele tá na minha vida há mais tempo do que qualquer um nesse blog, mas nem eu sei explicar por que somos uma dupla tão boa. Eu só sei que ele foi uma das minhas primeiras opções quando montando o time do blog, e felizmente ele permanece até hoje. Antes da Carly, o Biel era o Designer, e ainda é quando precisa, mas hoje ele é o nosso editor de áudio visual. Se nosso Podcast tem trilha sonora e até versão em vídeo pro Youtube com notas do editor que especificam as referências que falamos, ele é o gênio por trás. Inclusive, se você ainda não conhece o POD•ish•CAST, recomendamos. Ele é bem avaliado 👍
Óbvio que o Gabriel também escreve, ninguém escapa disso aqui no blog, e foi ele quem criou o nosso primeiro QUADRO: o Trilhando as Trilhas. Se o texto é sobre trilha sonora, é bem provável que foi ele quem escreveu (porque às vezes eu invado a jurisdição dele). Óbvio que ele não se limita a isso, o Biel também escreve sobre cantos da cultura Nerd que eu ou a Carly não estamos inteirados, tipo Indiana Jones e Star Trek, mas eu particularmente acho que ele brilha quando fala de música.
Ora Tiago, deve ser porque, por muito tempo, esse foi o único assunto que eu me via capaz de falar no blog, nem um pouco por falta de esforço da equipe de me incluir, mas como o Pedro alguns parágrafos acima, minha conexão com o mundo nerd era bem tênua (ao meus olhos), o que gerou uma síndrome de impostor em mim que durou um cado de tempo. De vez em quando ela brota de novo, mas as coisas mudaram bastante em 3 anos.
Com a Carly e a futuramente mencionada Luh entrando, a máquina que é a nossa equipe foi ficando mais dinâmica e funcionando mais suavemente, ainda temos problemas, mas são de outra natureza. A Disney ressuscitar Indiana Jones também me deu uma abertura pra falar dessa série que eu gosto tanto, e que acabou empurrando a Trilhando as Trilhas cada vez mais pra frente, vê se pode, além de me jogar pra outra forma de escrita, com a review mais formal.
Acabou que eu pisquei e estou mais envolvido do que imaginava a 3 anos, isso de forma nenhuma é negativo. Cada vez que posso ajudar, o meu dia fica melhor, ainda mais quando nós conseguimos nos entender e criar algo 100% juntos. Não podia estar mais feliz de fazer parte dessa equipe.
Enfim, apesar de ter criado o blog pra estudar, eu tomei gosto do projeto, que virou um hobby, que cresceu com uma ideia de começar a ser um portal. A gente já tinha uma página no (até então) twitter pra ajudar a divulgar os nossos textos, então eu só comecei a introduzir notícias sobre a cultura nerd enquanto o Gabriel começou a personalizar a nossa logo (o N) pra gente engajar em cima dos lançamentos do mês (e fazemos isso até hoje).
Hoje temos mais de MIL SEGUIDORES no twitter, e além de notícias também postamos uns fios informativos.
Naturalmente, do (agora) X, fomos para o Instagram, que ainda é uma parte em experimentação do projeto onde a gente tem trabalhado mais a nossa identidade visual. É mais a casa da Carly.
A ideia do podcast surgiu logo depois, mas passou um tempo no forno antes de realmente acontecer. O próximo passo da nossa expansão e pseudo-profissionalização foi a entrada da Luisa no projeto.
A Luh é minha amiga há alguns anos e eu já sabia que ela lia meus artigos, e vira e mexe ela me mandava um errinho que eu deixava passar. A ideia de pedir pra ela revisar um texto meu veio recentemente, escrevendo a Review Que Ninguém Pediu do filme do Flash, em que eu simplesmente não sabia como me referir a Ezra Miller respeitando a não binariedade delu propriamente. Depois de pedir socorro pra Luh, pedi pra ela olhar outros textos meus já na intenção maldosa de passar o título de redatora pra ela...
Bom, por ser a mais recente adição à equipe do Nerdish, posso dizer que minha relação com o blog começou como a de vocês: lendo vindo por meio do jabá de Tiago Sampaio. Uma coisa porém posso afirmar: sempre vi muito potencial no Nerd•ish e acho que um dia a gente vai ser grandão (então, compartilhe com seus amigos mesmo aqueles que não são nerdolas) Sim, eu também adoro um jabá! Mas enfim, eu nunca pensei que em algum momento eu >realmente< faria parte deste site.
Mas veja só como é a vida! Sempre percebi pequenas coisas nos textos que poderiam ser mudadas. Não me entenda mal, nada sobre o conteúdo até porque meu conhecimento nerd é bem mais pro lado casual do que o aficionado (isso aí eu sou com os livros, mas isto é outra história...) O que eu via, era coisa boba, mais técnica mesmo, sobre gramática. No entanto, como eu disse, a vida é engraçada e eu entrei no blog em algo mais relacionado ao conteúdo, como Tiago falou ali em cima.
Eu já acho que estou me estendendo demais, então só vou dizer que sou grata pelos três (Tiago, Carly e Gabriel, (que eu nem conhecia) por me acolherem e me deixarem ser "uma outra perspectiva" como eles falam (que pra ser muito sincera, é simplesmente ser fangirl). Outro fato que eu já ia me esquecendo porém é importante, é que há uns bons anos eu não escrevo nada para a posterioridade internauta. No momento, creio que ainda não saiu nada meu por aqui. Mas isso é um ainda. O que eu posso dizer é que estou muito feliz e animada com o nosso futuro.
E tamo aí até hoje!
Ah, e por que do nome?
Quando eu tive a ideia do blog, eu tinha começado a maratonar a série Black•ish com a minha avó, e apesar da trama não ter absolutamente nada a ver com o blog (é uma sitcom sobre uma família de negros com dinheiro), eu achei o título genial:
"ish", no inglês, é sufixo de nacionalidade, Representa natividade, naturalidade, geralmente de algum país.
No contexto da série, significa "Naturalmente Negros". Logo, no contexto do nosso blog sobre cultura nerd...
Enfim, quase 3 anos depois do nascimento desse projeto, ele fica cada vez mais sério. O que começou como um blog no blogspot, agora é um site com domínio próprio, notados de diversas formas por portais nerds imensos como o Omelete, o Jovem Nerd e o Mega Power Brasil. Inclusive, possuímos parceiras incríveis que fazem parte desse crescimento: a Fernanda do Captain Marvel Brasil e a Duda do Quilombo Geek. À elas também devemos um imenso obrigado, assim como vocês, leitores do site. Mesmo que você não costume ler aos nossos artigos, ouvir nossos podcasts, o simples fato de você fazer parte, de alguma forma, dos 1300 seguidores que somamos nas redes sociais é importantíssimo, e espero que continuem com a gente pra ver aonde chegaremos nos próximos 3 anos.
Se tu leu até o final, obrigado 🫶🏾
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