Trilhando as Trilhas | Episódio III: Arrowverse | Fase 5 | Legends S03 & Supergirl S03: Daniel James Chan

Trilhando as Trilhas

Episódio III:
Arrowverse

FASE V: LEGENDS S03 & SUPERGIRL S03


Com os compositores adicionais se tornando co-compositores, Daniel James Chan ficou creditado em Supergirl e Legends, caso estejam se perguntando onde está Sherri Chung, ela está em Riverdale e Blindspot, porque Blake Neely não sabe dizer não a Greg Berlanti. Enquanto Arrow continuou na mesma vibe e Flash deu uma guinada em outra direção, aqui as duas séries ficam com sons muito parecidos. Como já sabem, não sou lá o maior defensor de Supergirl, acho que o som orquestral não casa muito com uma trilha em MIDI, e fica tudo muito Rebels S01, e isso acabou indo um pouco pra Legends também, mas estou me adiantando, há coisas interessantes a serem ditas sobre essas duas trilhas.

A esse ponto o tema da Supergirl já está enraizado na personagem no Arrowverso, mas o inicio da 3ª temporada tem uma Kara um tanto diferente, deprimida por causa de macho, e pra refletir isso na trilha, Neely e Chan não usaram o tema dela durante os 6 primeiros episódios, o que me deu um nervoso danado, mas foi muito satisfatório quando chegou a hora (e ainda mais no crossover), mas não é porque o tema não era tocado, que a orquestração não continuou bem Supergirl, em Not Our Supergirl a gente ouve essa ideia nova que estranhamente ficou até o resto da série pra intro, temos os metais, as cordas, tá tudo ali na mesma orquestração, e o piano no final é o clássico em faixas como Stronger Together. E o piano continua em Drowning, mais deprimido, desenvolvendo uma ideia, crescendo até a ação começar, não demorou muito e já temos nossa menção obrigatória a Harnessing Anger. Retornamos ao material de J'onn da temporada passada em Martian Memory, e os metais de seu tema tem sua chance em Melee On Mars.


Mais ação em Plane and Simple, uma escrita característica de James Chan para os metais (rápidos e agudos), uma ideia é desenvolvida neles e nas cordas, na última parte ela ganha uma qualidade heroica e termina com o mesmo padrão nas cordas. Having A Good Sister me lembra logo no início em que o piano está sozinho a Stuck in the Speed Force, mas logo os metais entram dando aquela qualidade de Supergirl, não é exclusivo da série mas como é usado faz uma diferença, logo no final, 4 notas são tocadas nos metais, segure elas na sua mente. Reign é interessante, se não me engano é um arranjo pro álbum (ou uma ótima edição), começando no piano com 7 notas associada a Samantha Arias, a harpa chega com uma contra melodia, o piano muda o padrão e Sherri Chung entra como vocal solo, a harpa e o piano entram em sintonia e as cordas no fundo crescem. A atmosfera fica tensa por um tempo com Chung ou o piano solando, a harpa retorna e as cordas tomam o padrão do piano e harpa de forma ameaçadora, os metais acompanham, no final Chung se junta ao padrão nas cordas. Basicamente, a faixa é o resumo da transformação de Samantha pra Reign e a batalha interna da personagem, uma das faixas mais fortes de Supergirl.


Meu personagem favorito... Mon-El Is Married desenvolve outra ideia no piano (ou é uma antiga?) de 10 notas, que vai pra harpa com as cordas por baixo, terminando com outra ideia derivada. Tema da Supergirl! Bem desesperado pra primeira vez que aparece (no álbum), note as duas notas nas cordas ao fundo dos metais nesse início de Supergirl Vs Reign, outra assinatura James Chan, além da dos metais que está presente aqui também, e pra uma faixa com esse nome. Os dois temas não lá se embatem, do meio pro final é permeada de vocais solo, o piano entra e fica até o final com um padrão de 14 notas. Brainy Tries Some Mental Therapy introduz o motif de Brainy, um padrão no sintetizador, não muito diferente dos sons que Thomas Newman usou em Wall-E. A atmosfera domina e o piano entra com o tema da Supergirl, a percussão chega e cresce com as cordas acompanhando, a vocal solo novamente, Sherri Chung devia estar na capa. O tema da Legião em The Legion After Reign / Supergirl Wakes, mas com as cordas Chan por baixo fica um tico incompreensível, não muito acontece depois disso, uma batida constante e o tema da Supergirl nos metais. A segunda parte retorna ao coro de You Will Do Extraodinary Things e o tema dela tem sua chance de realmente brilhar no álbum. Tensão domina Losing Time, atmosfera com metais graves e cordas crescentes indo e vindo, até as cordas começarem o padrão do tema da Reign, a harpa e o piano terminam a faixa com o de Samantha. Mais tema da Supergirl, nos metais em Taking Purity Down, de uma forma nunca antes ouvida, a atmosfera domina o meio da faixa e a ponte do tema dá as caras por um momento até as cordas e metais ficarem tensos.


Piano e cordas dominam You Will Have It All, poderia ter vindo da 1ª temporada. E pra contrastar, uma faixa bem James Chan em Monkey Business, tanto o tema da Supergirl quanto o da Legião aparecem, o último de forma mais clara dessa vez revelando as 4 notas. What Is Wrong With Me retorna a calmaria, com a harpa e o piano, que mais pra metade revelam de quem a faixa se trata, com o tema da Reign. Um tema pra Mon-El? Mon-El's Best Suit / Comforting Winn começa com os metais solenes e batidas militarescas, mas de maneira nenhuma é um tema memorável. A segunda parte da faixa volta a Mon-El Is Married, apesar de ser Comforting Winn. Lembra de Martian Manhunter Revealed? Pois Lost In The Dark Valley começa do mesmo jeito, entra em com cordas agudas e depois volta, 3 notas cantadas por Chung seguem, e então uma atmosfera com cordas, batidas e eletrônicos. Mais Chung em Fighting The Witches, mas só no início, típicas cordas sinistras, metais e cordas James Chan e nada pra comentar. 4 notas no piano repetidas em Oldest Form Of Bullying, as cordas entram e o piano toma outro padrão, o tema do Guardião nos metais e as 4 notas retornam para o fim. Ending Her Reign já começa com os metais James Chan, o tema da Supergirl, os sons do Brainy, e de volta aos metais, as coisas se acalmam e a harpa e piano de Samantha entram com as cordas dando uma paz ainda não ouvida com esse tema, terminando com um coro suave.


Últimas 4 faixas, Goodbyes Are Never Easy, passou a faixa e não sei de quem estão se despedindo, piano é usado pra todo o multiverso. Wins and Sacrifices traz de volta aquelas cordas e metais James Chan de The Legion After Reign, com o tema deles e de Brainy rapidamente, as cordas ficam em um padrão com os metais por cima. My Future Is Now é outra faixa sentimental, piano, cordas, harpa, tudo aqui, mais pro final me parece o material de My Name Is J'onn J'oonz. E Reversing Time To Save The World, parece começar com um medley de temas que acho que nunca ouvi antes, terminando com o da Supergirl, os metais James Chan a todo vapor, as coisas ficam tensas e crescendo, uma breve calma até as cordas começarem a crescer, a percussão entra e Harnessing Anger dá as caras por um segundo nas cordas (usada mais como um tema do que uma reprise), as coisas ficam um tanto caóticas com eletrônicos, percussão e cordas, tudo se acalma e Chung tem sua última aparição, as cordas da última faixa terminam o álbum com Sherri Chung.


Então... Eu não sei exatamente o que Blake fez nesse álbum, talvez os dois tenham realmente trabalhado juntos em todas as faixas (os dados são mais nebulosos a partir dessa fase) porque a escrita é um cado diferente, isso leva a várias novas variações em como usar os temas, isso é bem legal, o problema, como foi em Flash, é que não funfou pra mim, mas talvez tenha sido a junção do estilo de Daniel James Chan com meus problemas anteriores com a trilha de Supergirl, vai que em Legends isso muda, né.


Ah, eletrônicos temporais, o tema principal, as cordas, um cobertor quente. Olha só, o tema do Rip Hunter já de frente, o tema nas cordas e a logo reprisando Back In Time! Tudo como estava. EPA, Logo no início de Tour Of The Bureau os mesmo sons do tema do Brainy, o tema de Camelot dá as caras brevemente e os sons continuam, as cordas crescem para o tema da Waverider nos metais com os eletr. temporais. Hum... algo familiar nesses metais de Battle With The Romans... O tema do Nuclear em eletrônicos assim como o de Ray, por duas notas até ir pros metais e aí... ei ei ei ei ei, eu acabei de ouvir essa ideia em Supergirl, hummmm. Motif das Lendas em Ação junto do coro, com a percussão frenética por baixo, o eletr. jato d'água e crescente levam aos metais que terminam a faixa. Estilo circo em PT Barnum And His Crazy Show, desenvolvendo um motif para a situação. Se eu não soubesse melhor acharia que o começo de Trouble With Clowns era de Supergirl, mas o circo chega na faixa, até os eletrs. invadirem com direito a coro com o tema principal e do Nuclear, Lendas em Ação novamente e o da Vixen... até voltar a atmostera de Martian Memory... a faixa termina com o tema da Waverider.


Coro sinistro inicia Lady From The Water - Enter Zari, melhor se acostumar, percussão e sons eletrônicos intercalados com o coro, a 2ª parte começa com uma ideia no sopro até o tema das Lendas entrar heroicamente, os eletrs. seguem o sopro retorna brevemente e a faixa termina com o tema de Ray, algumas coisas nunca mudam. Are You High? começa bem séria pro título que tem, com os eletrs. temporais, mas o som "hippie" chega bem a tempo, reminiscente de Hollywood, 1967 / Breaking Rip Out, as cordas de Vixen entram trazendo a seriedade de volta, as duas notas dela nos metais e o retorno do material de Dinosaur Whipering, uma variação dele. Se você nunca viu E.T..... O que você está fazendo com a sua vida, sai daqui e vá ver. Agora que você voltou, espero que tenha prestado atenção na música pois aqui está a Adventures on Earth de Neely e James Chan (com direito a orquestra, ou ao menos uma seção de sopro), Young Ray And Gumball começa já com o sopro e desenvolvendo o motif pra Gumball, claro que o de Ray também dá as caras. Por um breve momento parece que as cordas estão crescendo para o tema dos X-Men dos anos 90, as cordas e metais emulando John Williams e o novo motif brilha neles, a última parte da faixa com o tema da Ray e um motif triste no sopro e cordas, terminando com o tema das Lendas. Uma versão Sherlock do tema de Rip no violino começa Darhk Times e fica até a intro com o tema das Lendas, o cravo e o violino ficam na faixa até o final, com o tema das Lendas e os eletrs. temporais se misturando algumas vezes, apesar do título não há tema de Darhk a vista, mas bom trocadilho.


Os violinos em MIDI meio que quebram Helen Of Hollywood, que tenta soar clássica, com um tema romântico para Helen, a mistura de estilos começa logo depois quando as cordas entram no modo usual. E Fighting Darhk Forces... James Chan! Se não tivesse os temas da Vixen, do Darhk (no coro) e das Lendas... Logo no final de Farewell, Ladies um motif para Temiscera é introduzido, bem grego. Vikings em Land Of Vikings And Plushies... e uma gaita de fole? A mescla dos temas com a gaita no meio realmente é divertida, a escrita ainda é James Chan, mas esse diferencial faz a diferença. O tema de Bear McCreary para a série solo de Constantine foi usado em sua primeira aparição no Arrowverso, e também em Legends, porém alguma coisa impede dele ser colocado nos álbuns... Então temos aqui em Daddy Darhkest a mesma intrumentação do tema, mas não ele em si. Ao invés disso, temos um novo tema pro piano, sinistro com 5 notas. Se Are You High? era reminiscente de Hollywood, 1967 / Breaking Rip Out, então Time and Again é uma expansão de Breaking Rip Out. Almost Booty Call começa muito parecido com Riverdale por algum motivo, aí do nada, no final, o tema das Lendas aparece com coro até. Outra faixa que sofre por ser em MIDI é Pirates Tell Totem Tales, caso lembrem, Blake disse que via as Lendas como piratas lá na primeira temporada, e aqui temos música de piratas (do caribe, pra ser específico). Duas ideias são desenvolvidas, uma aventuresca e outra misteriosa, com um padrão repetido nas cordas, o eletr. temporal crescente leva ao tema das Lendas, seguido pelo da Waverider e então o cravo, o coro cria uma atmosfera sinistra, e os metais tocam uma ideia de 9 notas, que se junta a aventuresca e a variação de Swashbuckling Through a French Chateau, terminando com a misteriosa e o tema de Darhk nas cordas.


Mais Darhk e Breaking Rip Out em Cold Fusion Confusion, o tema de Ray em uma forma mais solta e eletrônica brota de vez em quando e a ação corre solta com outra variação também solta de Darhk. O violoncelo inicia Ghosts Of Elvis's Past, as cordas e um violão com o piano entram logo depois de forma crescente, o violão fica sozinho depois disso com a atmosfera no fundo. As coisas começam familiares em Death Becomes A Legend, as cordas sinistras e a percussão, mas logo o piano entra com a variação de Destroying the Suit do tema, os metais chegam com o sinistro, o piano e os eletr. temporais terminam a faixa. 

A ideia de Almost Booty Call retorna em This Is Far From Over, dessa vez mais definida no piano em 9 notas (ainda parece vir de Riverdale). O coro retorna em Nora Released, Enter Mallus, as cordas agudas e graves entram um padrão, o tema de Darhk brevemente até só restar o coro novamente, as duas da Vixen avançam junto com o tema das Lendas, o de Rip da forma clássica, os metais James Chan retornam (se é que foram a algum lugar), o coro não muito bem definido termina a faixa. Em R I P, Rip retorna a You Are Legends/Sacrificial Trip to The Sun, mais resoluto e com o coro mais pronunciado. Return To The West nos traz de volta ao combo coral, violão e violino, que até se juntam quando James Chan entra com seus metais, o coral entra pra solar e aí os eletrônicos vão para Meeting The Justice Society of America, por algum motivo, mas a faixa termina com os intrumentos tendo seu momento e novamente aquela atmosfera de Martian Memory. Começando exatamente como Land of Vikings and Plushies, só que ao invés da gaita, temos o tema das Lendas nos metais em Beebo Becomes A Legend, o coro de Mallus e os metais James Chan batalham entre si, até o coro sair de Mallus para Legends, a faixa termina com as cordas e os metais no modo normal de terminar um álbum de Legends, com Who's Up For More?, dessa vez sem interrupções.


Ora, veja bem, realmente tive menos encrenca em Legends com o estilo de James Chan, talvez seja pelos temas pré-existentes, que também tiveram variações novas. A trilha continua se divertindo com os períodos históricos visitados e isso é tudo que eu podia querer... Mesmo assim, a conexão não está tão forte, realmente não sei o que aconteceu, o rumo da coisa é da conexão ficar cada vez mais fraca a partir de agora, as coisas mudaram de uma fase pra outra, mas uma coisa não mudou: o quanto eu amo as trilhas dos crossovers...

Hora de bater em uns nazistas.

Comentários

Postagens mais visitadas