FAROFADA DE MONSTRO GIGANTE É BOM DEMAIS! | Godzilla e Kong: O Novo Império

 Fomos convidados pela Warner Bros. Discovery a assistir Godzilla e Kong: O Novo Império, e de imediato eu corri pra (re)assistir aos filmes do universo compartilhado que esses dois titãs do cinema dividem, o Monsterverse.

O Novo Império é o 5° filme dessa saga (que também tem uma série de TV) e o 2° encontro do Godzilla com o King Kong desse universo, sendo o 3° na história do cinema.

Por que isso importa? Porque esses monstros, o Godzilla, pelo menos, é uma peça muito importante do Tokusatsu (termo japonês que se tornou gênero de filmes e séries de super-heróis) e fura a bolha do gênero de forma tão absurda que são capazes até de ganhar premiações da Academia, vide Minus One, o filme japonês mais recente do Godzilla, vencendo o Oscar por seus Efeitos Visuais.

Não me entenda errado, O Novo Império não é o ápice do cinema, muito menos uma séria metáfora a vítimas de guerra nuclear no Japão. Mas é extremamente divertido, ao menos pra quem gosta da boa e velha porradaria de monstros gigantes que todo tokusatsu que se preze entrega.

Godzilla vs King Kong (1962)

A trama tem 3 núcleos: a busca de Kong por um semelhante, a jornada de Godzilla para se tornar mais forte e a aventura dos humanos na Terra Oca pra desvendar as visões da Jia, a única sobrevivente dos Iwi da Ilha da Caveira. Como em todos os filmes do Monsterverse, a parte dos humanos é a menos interessante de se acompanhar e segue um enredo genérico de profecia, salvador prometido e etc. Ainda assim, é infinitamente melhor que o dramalhão dos filmes do Godzilla, e bem melhor equilibrado em comparação de tempo de tela.

Apesar de ser o monstro mais forte do filme, o Godzilla, sinceramente, não é mais do que um coadjuvante aqui. Um aliado em uma luta que é principalmente do Kong, o real protagonista.  Ambos cresceram e evoluíram desde os seus primeiros filmes, estão mais espertos, mas isto é muito mais evidente em Kong e nos seus novos amigos. Afinal, são primatas.

Sem a necessidade de diálogo algum, as interações entre os gorilas são completamente compreensíveis e isso se deve muito ao fato dos efeitos visuais fazendo um ótimo trabalho nas expressões. Os visuais do filme não são mais bonitos que de A Ilha da Caveira, mas são superiores à escuridão de O Rei dos Monstros.

É legal ver a evolução da Monarch em cada um dos filmes, e eu gosto muito de ver mundos que destoam da realidade. É exatamente isso que o filme traz com uma organização com diversos postos avançados que abrem portais para a Terra Oca e um monstro gigante que casualmente dorme em uma das sete maravilhas do mundo.

Com nenhuma performance sensacional e sem trilha sonora memorável, é realmente só um filme divertido, com 3 jornadas que constroem bem um embate entre 4 monstros gigantes no (perdoe o spoiler – que estava no material de divulgação do filme e eu não sabia e me pegou de surpresa) Rio de Janeiro. Se o Godzilla pisoteando a lapa e a Shimu congelando as águas de 28 de Março (ba dum tss) não te pegam, então não sei como te convencer a assistir a esse filme.

Bom, vamos ao que interessa...

VEREDITO: ★★★½

Vale a pena assistir no cinema? SIM! Como eu disse, se você já é um entusiasta de rinha de monstro gigante, é mais um filmaço do Monsterverse. É divertido, os humanos não são insuportáveis e são mais divertidos como em Ilha da Caveira, e apesar de não ser tão bonito quanto esse citado, ainda é bonito o suficiente pra justificar uma sessão em IMAX. Se você não curte muito um filme pra sentar e comer sua pipoca e rir de um gorila e um dinossauro trocando golpes de boxe, aí eu sinto muito pela amargura da sua vida...

Brincadeiras a parte Godzilla e Kong: O Novo Império estreia dia 28 de Março (também conhecido como no momento da publicação dessa resenha) e foi filmado completamente para experiência em IMAX e conta com Rebecca Hall, Bryan Tyree Henry e Fala Chen no elenco.

(Warner Bros. Pictures/IMAX Divulgação)

– Tiago Sampaio

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