'Turma da Mônica: Origens' aquece o coração nostalgicamente | REVIEW QUE NINGUÉM PEDIU



Turma da Mônica é realmente um sentimento nacional e é ótimo ver como cada vez mais o verdadeiro e grande MCU (Mônica Cinematic Universe) cresce com produções que acalentam e emocionam os corações dos brasileiros com uma produção de uma qualidade linda, e a nova série Turma da Mônica: Origens não foge (ao menos retorna, e falamos com você Reflexos do Medo) desse padrão.

Aqui, a trama principal mostra uma visão diferente do que costumamos ver: como os cinco amigos se conheceram e principalmente como eles serão quando forem idosos! Na história, Mônica sofre um acidente e perde a memória de como conheceu Cebolinha, Magali, Cascão e Milena e todos eles precisam fazer com que ela se lembre antes que seja tarde demais.

Apesar de não termos uma explicação concreta do porquê as crianças estão hospedadas em um hotel na própria cidade além de “porque o roteiro quis”, temos este novo ambiente que é o Limoeiro Palace Hotel. Todos estão de férias, mas um temporal acaba estragando os planos das férias e espantando todo mundo, menos os nossos queridos protagonistas. Para manter eles hospedados ali, o gerente do hotel (Marcos Veras) e o Tio da Recreação (Érico Brás), sendo ótimas adições para dar forma a esse novo ambiente, montam uma competição com várias provas com as crianças pela Suíte Presidencial. Concomitantemente, Sansão, o coelhinho da Mônica, some e nossa dentucinha sai à procura do seu melhor amigo.

É importante destacar aqui como eles têm todo um cuidado na escalação para essa nova geração da turminha clássica em relação ao elenco antigo e também neste elenco mais velho que vemos aqui. Em um primeiro momento, realmente causa certo estranhamento por sequer pensarmos nos personagens nessa idade mais avançada, porém o trabalho que os atores fizeram realmente consegue captar a essência de todos os personagens de uma forma menos caricata por conta da fase de vida deles. É interessante vermos a maneira diferente de implicância entre Mônica e Cebola, uma certa vergonha do passado sujinho que o Cascão tem e a relação com coisas mais esotéricas que a Magali possui. As cenas que cada personagem em sua versão mais velha em que tem destaque contracenando com a Mônica de Louise Cardoso são muito singelas em representar a relação de cada um deles desde a infância.

A série também dá um bom destaque para a Milena e fez me aproximar mais da personagem, pessoalmente. É divertido como ela procura mil motivos para não querer gostar do Bairro do Limoeiro enquanto observa as peculiaridades de cada um da turma, exalando puro carisma. Falando de carisma, temos a presença de Denise na série e, em como todas as suas versões, continua sendo icônica como sempre.

Se eu fosse ser chata, poderia dizer que todo o principal problema da série poderia ser resolvido com a superforça da Mônica, mas esse não é o ponto. O interessante é ver como a Mônica sentia dificuldade de fazer amizades justamente por essa habilidade causar medo nas outras crianças. Vemos que, apesar dessa característica natural, ela achou uma família nesses novos amigos que sempre vão estar ali por ela não importa o que aconteça. O final é um pouco corrido, mas passou a mesma sensação do filme Lições (um dos primeiros filmes que recomendamos aqui nesse site, inclusive) de querer fazer parte da turma e continuar acompanhando o dia a dia deles como se morássemos no limoeiro também.

VEREDITO: ★★★★½

Turma da Mônica: Origens traz o mesmo cuidado que as outras produções em live-action da turminha possuíam quando nas mãos de Daniel Rezende que continua esse lindo trabalho. Inclusive, é realmente confirmado que se passa na mesma realidade por aparecer referências aos filmes passados. É definitivamente uma série de conforto para se assistir em um dia. Apesar de ter um foco infanto-juvenil, definitivamente é uma série que toda a família pode aproveitar e tirar alguma lição dessa história tão querida.


Texto por Luísa de Luca
Revisão de Tiago Sampaio e Emilly Lois

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