WICKED Parte 1: Sem perdão à bruxa! | REVIEW QUE NINGUÉM PEDIU
Após anos de espera, finalmente chega aos cinemas a adaptação do aclamado musical da Broadway, Wicked, dirigido por Jon M. Chu! Como muitos já sabem, a peça teatral conta a história de O Mágico de Oz bem antes da chegada de Dorothy à Terra dos Munchkins, quando Elphaba entrou na universidade Shiz e conheceu Galinda, a futura Bruxa Boa, e revela os eventos que antecederam a mudança de Elphaba para Bruxa Má do Oeste.
A adaptação cinematográfica, dividida em 2 partes, é muito fiel ao ato 1 do musical. Foram cuidadosamente adicionadas algumas cenas no roteiro para dar mais contexto e profundidade às ações das personagens. A transição das músicas teatrais para o cinema foi bem-sucedida, alterando apenas pequenos arranjos nas interpretações.
Diferente do que parecia nos trailers iniciais, a fotografia é extremamente colorida e viva, com cenários visualmente cativantes com uma imersão que só o cinema proporciona. A caracterização de maquiagem deixou um pouco a desejar… a Glinda, interpretada pela multiartista Ariana Grande, embora com lindos vestidos cor-de-rosa, aparenta estar sempre muito pálida, faltou um blush ali. Essa falha já não se encontra na caracterização de Cynthia Erivo como Elphaba. O verde está lindo e bem contornado. Ainda sobre caracterização, os figurinos são simplesmente BELÍSSIMOS! O figurinista Paul Tazewall preservou a essência dos personagens, refletindo suas emoções e transformações.
Ariana Grande interpreta Galinda com muito carisma e talento e, possivelmente, calará a boca de todos que ousaram dizer que ela não era a escolha ideal para o papel, com seu vocal digno de aprovação da própria Kristin Chenoweth (a Glinda original da Broadway), especialmente na música de abertura No One Mourns The Wicked.
A performance de Cynthia Erivo como Elphaba também não fica para trás! Sendo a protagonista, ela trouxe a força necessária à personagem, mas também conseguiu passar um lado extremamente sensível e emocionante, acredito que as cenas adicionais ajudam a contextualizar melhor as suas decisões.
Quanto aos outros personagens, Michelle Yeoh entrega uma atuação sólida como Madame Morrible, embora sua interpretação pudesse ter explorado mais as camadas e a complexidade da personagem. Jeff Goldblum também faz um trabalho competente como o Mágico, mas sua atuação carece de uma dose maior de emoção que poderia torná-lo mais memorável. Jonathan Bailey como Fiyero se destaca especialmente em Dancing Through Life, onde entrega uma apresentação cheia de carisma e energia vibrante. Nas demais cenas, sua atuação é sólida e convincente.
Ao levar a história de Glinda e Elphaba para as telonas, a adaptação explora novos ângulos e aprofunda a complexidade dos personagens, oferecendo uma visão mais abrangente do mundo Oz em comparação com o espaço limitado dos palcos. Embora o filme seja bastante fiel ao ato 1 do musical, é importante lembrar que se trata de uma adaptação dos palcos para a grande tela, o que naturalmente exige algumas mudanças, mas, todas as alterações feitas foram ótimas. Além disso, o filme faz uma bela homenagem aos fãs mais fiéis do musical.
VEREDITO: ★★★★★
A primeira parte de Wicked é uma experiência cinematográfica que certamente encantará os fãs de musicais. Ainda que possa não atrair tanto quem não aprecia o gênero, o filme constrói um mundo de fantasia envolvente que prepara o terreno para o segundo ato. Com o provável sucesso deste lançamento, é fácil imaginar novos projetos revisitando o universo de Oz.
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