Pokémon Scarlet e Violet: Um Passo Ousado, Mas Falho | Recomendação do Marcos
Com a história de Scarlet e Violet concluída e Legends Z-A lançando em 2025, eu achei que era a hora certa de olhar para Paldea e ver no que ela acertou, errou e pode levar para frente na franquia. Essa será a minha (prazer, Marcos, fiz minha estreia aqui no blog na Review de Transformers One) opinião COM SPOILERS em Pokémon Scarlet e Violet e sobre a DLC The Hidden Treasure of Area Zero.
A aventura dessa vez começa com você entrando na Academia Laranja ou Uva, dependendo da versão. O jogo é bem direto ao apresentar a principal rival do jogo, Nemona, e vocês já batalham logo após escolher o seu inicial, que pode ser Fuecoco, do tipo fogo, Quaxly, do tipo água ou Sprigatito, do tipo planta.
Após explorar a área inicial, somos apresentados ao Pokémon lendário de cada jogo Koraidon em Scarlet e Miraidon em Violet. Mas, como esse é o primeiro mundo aberto da franquia, o jogo verdadeiramente começa com a tarefa de estudos independentes à Caça ao Tesouro. A partir desse momento, você tem a liberdade de explorar a região de Paldea do jeito que preferir ou seguir as três histórias que o jogo tem a oferecer.
O ponto mais forte de sua narrativa é ser dividida em três caminhos, cada um deles é representado por um personagem com o qual você fortalecerá a amizade durante a gameplay. O primeiro deles é a versão mais clássica de uma aventura Pokémon, a Victory Road, representada pela Nemona. É o feijão com arroz da franquia de vencer oito líderes de ginásio e chegar até a campeã da região Geeta.
Starfall Street é o segundo caminho da história, representado pela Penny. Nele temos que invadir as bases das cinco facções da Team Star e derrotar seus líderes. A princípio, eles pareciam ser apenas valentões que incomodavam os alunos, mas, na verdade, eles acabaram com o bullying na escola. Nossa missão nessa estrada na realidade é impedir que eles sejam expulsos da escola os enfrentando em batalhas bem desafiadoras.
Por último temos o Path of Legends, representado pelo Arven, filho da professora Sada em Scarlet ou professor Turo em Violet, e o melhor personagem desse jogo. Nesse caminho, temos que enfrentar os cinco Pokémons titãs espalhados pela região para coletar a Herba Mystica. Ao coletar elas, seu Miraidon/Koraidon recupera um pouco de suas habilidades de locomoção para explorar novas áreas e, mais importante, o Arven fica cada vez mais perto de salvar a vida do seu melhor amigo, Mabosstiff.
Como Hassel, da Elite 4 diz ao jogador: “Todas as estradas levam à grande cratera de Paldea”.
Ao concluir as três histórias, você tem um último objetivo: levar seu lendário até a grande cratera de Paldea — a Área Zero — junto de Arven, Nemona e Penny. Aqui é um dos momentos mais legais do jogo, explorando da superfície familiar até o subterrâneo cristalizado.
A trilha de Toby Fox (Undertale) brilha como o Fenômeno Terastal em batalha. A batalha final contra a IA do(a) professor(a) é um dos momentos mais memoráveis da franquia, o time deles é composto inteiramente por Pokémon paradoxo que vieram do passado ou futuro. Terminada a batalha, vocês desligam a máquina do tempo e salvam a região.
Scarlet e Violet tem o tema de tesouro pessoal. A caça ao tesouro é o ponto de partida da história e vemos o tesouro de cada personagem em suas histórias: O tesouro da Penny são seus amigos do Team Star e ela sempre cuidou deles mesmo que não soubessem; Arven tem seu parceiro Mabostiff, que estava à beira da morte até ser curado pela Herba Mystica; e Nemona tem você, a promessa de um rival à altura para ela enfrentar e crescerem juntos como treinadores.
Os pontos negativos vêm dos gráficos muito abaixo do esperado para a literal maior franquia do mundo e da performance que pode variar de decente para terrível quando perto de corpos de água, principalmente o Casseroya Lake.
A falta de voz em cutscenes também subtrai da experiência com alguns dos momentos mais cinematográficos da franquia. Apesar de ser o pior jogo graficamente no geral, personagens e principalmente Pokémons são muito bem feitos. Os novos modelos para esse jogo são muito bem detalhados e podemos ver melhores características como escamas, pelos e até partes metálicas. Esses jogos são um bom exemplo que gráficos (muito) ruins não eclipsam bom conteúdo.
Esse texto já está grande demais, então serei rápido na DLC:
Assim como Pokémon Sword e Shield, nós tivemos uma DLC expandindo o conteúdo dos jogos, porém esta aqui expande muito nos conceitos da própria história principal. Ao invés de explorar novas áreas de Paldea como em Galar, a The Hidden Treasure of Area Zero nos leva para outras regiões.
Na parte 1: The Teal Mask vamos para a terra de Kitakami, um novo local baseado no Japão desde a quarta geração (se você não contar Hisui como novo), e na parte 2: The Indigo Disk, vamos para a Academia Blueberry no mar de Região de Unova. Ambas as histórias são muito divertidas de serem completadas, em especial a The Indigo Disk onde todas as batalhas são em duplas e desafiam o jogador a pensar estrategicamente.
Pokémon Scarlet e Violet é um passo ousado para a franquia que sempre tenta se reinventar em pequenas maneiras, um mundo aberto que gostei de explorar, mas falta conteúdo. Missões secundárias como as de Legends Arceus seriam muito bem-vindas para dar vida ao mundo, mas a história e personagens são incríveis e gostaria de ver eles em outros jogos. No geral, o jogo te proporciona um desafio justo para iniciantes e experientes na franquia.
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